A CONSIDERÁVEL OPOSIÇÃO A DILMA
Por Carlos ChagasA observação é de Disraeli, primeiro-ministro da Inglaterra no século XIX: “nenhum governo pode estar seguro por muito tempo sem uma considerável oposição”.
O diabo é que tanto tempo depois, aqui no Brasil, a segurança do governo Dilma Rousseff parece garantida não propriamente pelos tucanos e companhia, mas pela considerável oposição que se organizou contra ela em sua base parlamentar. Coisas da política, onde não há espaços vazios. Se PSDB, DEM e penduricalhos não desempenham o papel que lhes cabe, emergiram como adversários do governo seus próprios aliados do PMDB, PT, PTB, PDT, PR e outros.
Hoje, no palácio do Planalto, teme-se muito mais Henrique Eduardo Alves, José Sarney e Renan Calheiros do que Fernando Henrique, Geraldo Alckmin, Aécio Neves e até José Serra.
Fica para outro dia verificar que a oposição de mentirinha carece de um programa alternativo de governo, não tem mensagem e nem se preocupa em acompanhar os desvios da administração federal. Vale mais atentar para os oposicionistas de verdade, aqueles que pressionam a presidente Dilma atrás de cargos, nomeações e verbas, exigindo ministérios, a direção de empresas estatais e favores variados. São eles que dão segurança ao Executivo, porque se não forem atendidos votam contra e sabotam a estratégia oficial. Formam a considerável oposição.
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