terça-feira, 13 de março de 2012

A CONSIDERÁVEL OPOSIÇÃO A DILMA

Por Carlos Chagas
A  observação  é de Disraeli,  primeiro-ministro da Inglaterra  no século XIX: “nenhum governo pode estar seguro por muito tempo sem uma considerável oposição”.
                                                       
O diabo é que tanto  tempo depois, aqui no Brasil, a segurança do governo Dilma Rousseff parece garantida não propriamente pelos tucanos e companhia, mas pela considerável oposição que se organizou  contra ela em sua  base parlamentar. Coisas da política, onde não há espaços vazios. Se PSDB, DEM e penduricalhos não desempenham o papel que lhes cabe, emergiram como adversários do governo seus próprios aliados do PMDB, PT, PTB, PDT, PR e outros.
                                                       
Hoje, no palácio do Planalto, teme-se muito mais Henrique Eduardo Alves,  José Sarney e Renan Calheiros     do que Fernando Henrique, Geraldo Alckmin, Aécio  Neves e até José Serra.
                                                       
Fica para outro dia verificar que a oposição de mentirinha carece de um programa alternativo de governo, não tem mensagem e nem se preocupa em acompanhar os desvios da administração federal. Vale mais atentar para os oposicionistas de verdade, aqueles que pressionam a presidente Dilma  atrás de cargos, nomeações e verbas,  exigindo ministérios,  a direção de empresas estatais e favores variados. São eles que dão segurança ao Executivo, porque se não forem atendidos votam contra e  sabotam a estratégia oficial. Formam a considerável oposição.

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