domingo, 30 de setembro de 2012

O povo não perdoa

Foto
Em 1986, Miguel Arraes voltaria ao governo de Pernambuco derrotando um jovem político, José Múcio Monteiro. Arraes vivia pedindo votos para o malufista Antônio Farias e o ex-padre Mansueto de Lavor, candidato ao Senado. O adversário Roberto Magalhães, ex-governador, bem que ajudava Arraes. Em Quipapá, a mulher do prefeito, dono dos votos da região, recebeu feliz o ex-governador:
- Dr. Roberto, passei a noite preparando uma buchada para o senhor!
- Pois fez muito mal, minha senhora. Não como isso. A senhora espere o dr. Arraes passar aqui com sua corja de comunistas e ofereça a eles.
Arraes, Farias e Mansueto venceram em Quipapá. E em todo o Estado.

<<< Uma Trova de Ademar >>>
O tempo, qual sanguessuga,
para aumentar meu desgosto,
fez nascer mais uma ruga
entre as rugas do meu rosto!
Ademar Macedo/RN
<<< Uma Trova Potiguar >>>
Meus sentimentos dispersos
podem ser lidos com calma,
pois na emoção de meus versos
há pedaços de minha alma.
José Lucas de Barros/RN
 
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Jesus Cristo em favor da humanidade
deu a vida, pregado numa cruz,
tantos outros assim como Jesus
foram vítimas de tal barbaridade;
Luther King em prol da liberdade
expos suas ideias liberais,
igual a Gandhi na Índia e outros mais
que tiveram a luta interrompida;
muita gente doou a própria vida
rebatendo problemas sociais!
Carlos Aires/PE

sábado, 29 de setembro de 2012

 
<<< Uma Trova Potiguar >>>
Senhor Cornélio, com medo
das balbúrdias do apagão,
chegou em casa mais cedo
nos rastros do Ricardão.
Djalma Mota/RN 
 
<<< Uma Trova Premiada >>>
1996 > Pouso Alegre/MG
Tema > VERÃO > M/H
Quis arranjar casamento
mas só ganhou do paquera,
no verão, o acampamento...
e um bebê na primavera!
Pedro Ornellas/SP
 
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Um candidato a prefeito
falando aos aduladores
distante dos eleitores:
vamos ganhar esse pleito!
Sou cidadão de conceito,
só eu levo essa parada;
porem o que mais me agrada
nesta tremenda disputa,
é ter um ano de luta
e quatro sem fazer nada.
Vicente Gonçalves/PB

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O rosto do futuro

Foto
José Sarney foi a sua cidade natal, Pinheiro (MA), para comemorar seu 50º aniversário. Na praça principal, uma bandeira cobria a obra de arte que o homenagearia. Rufaram os tambores, o locutor anunciou e finalmente a bandeira foi retirada, descobrindo o busto do senador-poeta. O aniversariante ficou desapontado: os olhos arregalados denunciavam o susto diante da expressão envelhecida que o artista atribuiu ao seu rosto de bronze. Refeito, ele sorriu e brincou, vingando-se do escultor:
- Não tem problema. O busto já está pronto para a comemoração do meu centenário...

<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Das coisas que Deus criou
a que tem maior beleza
é a vasta natureza
que ao mundo todo enfeitou.
E nela Deus colocou
um sertão que é meu e seu
e que agora até nos deu
inspiração para o tema:
o sertão é um poema
que a natureza escreveu.
Tarcísio Fernandes/RN

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

TEM QUATRO COISA NO MUNDO
QUE NÃO ESTAR NA MINHA LISTA
MOÇA FUMAR CACHIMBO
CEGO LER REVISTA
VELHO SER DELEGADO
E DOIDO SER MOTORISTA
GERALDO AMANCIO
NA VONTADE DO POVO
NINGUÉM MANDA
INCLUINDO  POLÍTCOS
DE MEIO-TIGELAS
SUAS FALCATRUAS
O POVO NÃO  CULTUA
QUANDO O MESMO  PERCEBE
AOS SEUS APELOS NÃO CEDE
E FÁCIL RETIRASE  DELAS
JOSMARIBEIRO

Pedido de bebum

Foto
Lutero Vargas, filho de Getúlio, aceitou convite para passar uns dias em Fortaleza. O anfitrião, Renato Solden, era boêmio conhecido na cidade e amigo sincero do visitante. Num banquete oferecido por Menezes Pimentel, Lutero resolveu brincar com Renato:
- Faça um pedido que eu dou um jeito de ele ser atendido.
Com a língua enrolada pela bebida farta, Solden levantou-se, solene:
- Amigo Lutero, quero mesmo pedir uma coisa...
- Pois não. É só falar que eu atendo.
- Quero ser nomeado Bispo Auxiliar desta zona...

<<< Uma Trova de Ademar >>>            
Versos já fiz - não sei quantos -
relembrando a mocidade.
Hoje servem de acalantos
para ninar a saudade.
Ademar Macedo/RN

<<<  U m a    P o e s i a  >>>
É por isso que eu digo, raça nobre,
um povo forte e bom trabalhador,
eu garanto que é o povo brasileiro.
Pouco importa se é pobre ou se é doutor,
se falar que é um cabra nordestino,
ele tem uma ruma de menino
e no meio tem sempre um Trovador.
Gilson Faustino Maia/RJ



quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Jose Doroteu ferreira
MUITOS ESTÃO EM MEMÔRIA
JÁ ENCERRAM A CARREIRA
PINTO E LOURIVAL BATISTA
JÓ PATRIOTA E BANDEIRA
OTÁCILIO E ZÉ SOARES
E SEVERINO FERREIRA


OUTROS ESTÃO NA ESTEIRA
CAMINHANDO PARA MORTE
CANTARAM MORÃO VOLTADO
GALOPE E FISERAM MOTE
NESTA LISTA ESTÁ FURIBA
QUE CANTAVA MUITO FORTE

<<< Uma Trova de Ademar >>>
Minha mente é qual jazida
onde o verso prolifera...
De poesia eu pinto a vida
com cores da primavera!
Ademar Macedo/RN

 
                                   –José Ouverney/SP
 
Se tu não existisses, meu amor,
meu despertar seria diferente;
talvez um abrir de olhos tão somente:
cena comum de um quadro sem valor...
 
Talvez sonhar perdesse o seu sabor
e, nos primórdios de uma tarde quente,
a vida se esvaísse lentamente
se tu não existisses, meu amor!
 
Poetas versariam sem paixão;
não se daria crédito à emoção;
não haveria o frêmito da espera.
 
E como iria eu falar de flor
se tu não existisses, meu amor?
Sem ti... nem haveria primavera!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Nasce em SP o primeiro clone equino do Brasil

Ele é cópia do garanhão Turbante JO, campeão mundial em número de filhos

por Sebastião Nascimento
Divulgação/In Vitro do Brasil
O clone, de apenas dez dias (Foto: Divulgação/In Vitro do Brasil)
A empresa In Vitro do Brasil anunciou hoje a clonagem do cavalo da raça mangalarga Turbante JO, conhecido como o garanhão do século e morto em 1998. O clone nasceu há dez dias na sede da empresa em Mogi Mirim, segundo revelou, à revista Globo Rural, José Henrique Fortes, proprietário da empresa.
O garanhão teve seu material genético guardado por 15 anos. Ele está inscrito no livro “Guinness” como o cavalo que produziu o maior número de filhos do mundo (1.678). O cavalo chegou a ser avaliado em mais de US$ 1 milhão, mas José Osvaldo Junqueira, seu proprietário, nunca quis vendê-lo.
Trata-se do primeiro clone equino realizado no Brasil, que está na vanguarda na clonagem de bovinos como nelore, brahman e gir leiteiro.
 
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Fui atrás da estrela guia
que brilhava sobre o monte,
já no entardecer da vida
buscando a paz do horizonte...
Na cascata da colina,
bebi da paz tão divina 
que derramava da fonte!
Prof. Garcia/RN
 
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Pus um jarrinho com terra
no batente da janela,
plantei roseira amarela
onde a beleza se encerra;
mas era tempo de guerra,
de conflito e confusão;
deram um tiro de canhão
que o globo inteiro abalou,
meu lindo jarro tombou
e a terra caiu no chão.
Chico de Sousa/PB

MEU CORAÇÃO FEITO UM LIVRO

ABERTO E MAL FOLHEADO

MUITAS MÃOS TOCARAM AS FOLHAS

TOMANDO O MAIOR CUIDADO

ENQUANTO OUTRAS RISCARAM

SÓ PRA LHE VER RASURADO 

Dudu Morais

domingo, 23 de setembro de 2012

<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Pra que eu com mansão no litoral
se um rancho está bom no pé da serra,
se eu fizer prédio alto aqui na terra
lá no céu vai faltar material,
o meu curso maior foi o mobral
o meu livro tem sido a escritura,
pra que eu aprender literatura
se a palavra de Deus me aperfeiçoa,
pra que tanta riqueza se a pessoa
nada leva daqui pra sepultura.
Fernando Emídio/PE

O PREÇO DO VOTO - POETA IRANILDO MARQUES




Um político aqui chegou
me perguntou bem baixinho
em quem eu iria votar.
Respondi devagarinho
que estava eu a pensar...
Mas quando veio a surpresa
ele falou com leveza
quanto era pra eu votar...

Eu disse quanto é que vale
um hospital equipado
com médico atendendo bem
e sendo capacitado?
O professor na escola
recebendo o seu salário
bem longe de ser esmola
respeitando o seu erário?

Quanto vale um calçamento
Na rua cheia de lama
Com esgoto e com lamento
Situação desumana?
Quanto vale segurança,
Educação e saúde com médico pra receitar?
Veja doutor quanto vale.
É o preço que vou cobrar....

Iranildo Marques jornalista e poeta
 

“Não tenho sabença,

pois nunca estudei,

apenas eu sei

o meu nome assiná.

Meu pai, coitadinho,

vivia sem cobre

e o fio do pobre

não pode estudá”

       patativa do Assaré

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

<<< Uma Trova de Ademar >>>             
Da fonte que jorra o amor,
Deus, na sua imensidão,
faz jorrar com todo ardor
as carícias do perdão.
Ademar Macedo/RN
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Vinte oito janeiros me jogaram
na cadeia dos tristes desenganos,
sinto falta dos meus quatorze anos
que a soma dos meses apagaram;
os meus dias felizes lá ficaram
pela rua da infância adormecida,
a barcaça da existência fez partida
pela água do rio da saudade;
se o dinheiro comprasse a mocidade
eu seria criança toda vida.
Erasmo Rodrigues/PB

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

NÃO AO VOTO COMPRADO !!!


É uma tristeza imensa
Fazer do voto um contrato
E escolher pelo preço
O ideal candidato
Que depois da insistência
Entra em cada residência
Só pra deixar seu retrato

Por um saco de cimento
Ou emprego prometido
Por uma roupa,um trocado
Já tem voto garantido
Mas quando finda a campanha
E o candidato ganha
Nenhum dever é cumprido

Os foguetões barulhentos
Festejam a evidencia
Dos fandangos, das apostas,
Dos tipos de violência
Que há na politicagem
E desmancha a imagem
Do certo e da providencia

Lutar pelas causas nobres
É praticar o dever
Mas brigar pelos corruptos
É ousar em defender
Partidários indecisos
Que só se tornam precisos
Para abusar do poder

A verdadeira política
Existe em exceção
Por poucos é exercida
Sem avanço, a decisão
Virou clichê de estética
Que compromete a ética
Presente numa nação.
<<< Uma Trova de Ademar >>>       
A vida escreve-me enredos
com finais que eu abomino.
Meus sonhos viram brinquedos
nas mãos cruéis do destino...
Ademar Macedo/RN
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Viajando nas asas da lembrança
igualmente uma ave migratória
nos longínquos arquivos da memória
recordei-me de quando era criança,
dos amigos da minha vizinhança,
do começo da minha puberdade,
os hormônios em alta quantidade
e o meu corpo um pouquinho transformado;
invadi o espaço do passado
viajando nas asas da saudade.
Júnior Adelino/PB
COMO É TRISTE VER ALGUEM BRIGANDO  POR CONTA DA ELEIÇÃO
SOU POETA DE RENOME
TENHO DE DEUS MUITA PROTEÇÃO
SONHEI QUE ESTAVA NO CEU
ME ENCONTREI COM LUIZ ROMÃO
ELE PRESTOU SERVIÇO A NOSSA GENTE
COMO DISSE JOSÉ DE SIMÃO
VOTAR FAZ PARTE DA DEMOCRACIA
NÓS TEMOS DIREITO A NOSSA OPÇÃO
EU SOU UM HOMEM EDUCADO
NASCIDO NESSE QUERIDO SERTÃO 
COMO É TRISTE VER ALGUEM BRIGANDO
POR CONTA DA ELEIÇÃO
                              ASSINA:ANTONIO DE PADUA

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Os leões disfarçados de cordeiros Estão soltos de novo na arena. - OS NONATOS

Em três meses o cerco se completa
Para o povo o poder espreme a massa
Candidatos parecem cães de caça
Rebanhando a pobreza analfabeta
Quando a falta de escrúpulo atinge a meta
A vergonha começa a quarentena
Da pobreza e do rico eu tenho pena
Quando crê no que cria os marqueteiros.
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

Muito em breve o mancomuno estará vindo
Mas ninguém se anime por enquanto,
Que em política é normal o diabo ser santo
E quem é bom prometendo é ruim cumprindo.
Até fim de Setembro é tudo lindo,
A saúde é exemplo, a lei é plena,
Mão de gato em Brasília não depena
O erário de tantos brasileiros.
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

Todo ano político as mesmas caras
Vêm fazer o replay das mesmas juras.
Nos conchavos fechados as escuras.
Doações que nem sempre são às claras.
Quem não vende uma empresa empenha um haras
E põe no fogo a fortuna que armazena.
Vai pra selva política ser hiena,
Como os outros abutres carniceiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

Tem políticos corruptos e corretos
Procurando elencados os seus recursos
Um palanque que escute seus discursos
Uma sigla que aposte em seus projetos
São longínquos as rotas, os trajetos,
Quando um cresce no Ibope, o outro engrena
E os vaqueiros do voto fazem cena
Visitando os currais eleitoreiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

Do político é o mérito da vitória,
O mandato das siglas coligadas.
Mas na farra das verbas desviadas
Somos nós que cansamos dessa história
Brasileiro é um povo sem memória
Escutando bobagem se aliena.
Com seu próprio direito se condena
Quando elege gatunos mensaleiros.
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

No nordeste eleitor morre na praia
Magalhães na Bahia são a lei,
Maranhão dos Tavares, dos Sarney,
Rio Grande dos Alves e dos Maia
Ceará dos Bezerra, dos Cambraia,
Paraíba dos Braga e de Lucena,
Com Sergipe dos Franco e tem Helena
De Alagoas dos Lessa e dos Calheiros,
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

Desde agora já da pra gente ver
Demagogo de toda qualidade
Pefelista pregando honestidade
Um peemedebista sem comer
Um petista chorando no poder
Tal e qual a Maria Madalena.
Um tucano assistindo até novena
E se infiltrando no meio dos romeiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

O Brasil financia os empossados
Que dos cargos que tem tiram proveitos
Presidente e o vice são eleitos
E os governos de vinte e sete estados.
São quinhentos e treze deputados,
Senadores são quase uma centena,
Desses todos no máximo uma dezena
De um currículo e de papo são herdeiros.
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

Em campanha se vê em todo canto
O retrato do Judas que nos trai
Um tapinha nas costas, como vai?
Diga os votos que tem que eu pago tanto.
Os políticos sorrindo, o povo em pranto,
Todo ano é a mesma cantilena
E pra ser feito até ponte de safena
Eles cobram propina aos empreiteiros
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

Eleição é sinônimo de disputa
Marqueteiro sagaz, doador mala,
Candidato sabido enquanto fala
Eleitor inocente enquanto escuta.recursos
Uma carta de crédito pra conduta,
De quem frente aos rivais não se apequena.
Que em pesquisa fraudada desordena
E bota os últimos nas vagas dos primeiros.
Os leões disfarçados de cordeiros
Estão soltos de novo na arena.

<<<  U m a    P o e s i a  >>>
No sertão quando a terra está chovida
se escuta a cantiga do carão,
a cigarra se cala no oitão
e a paisagem se torna mais florida,
a semente do milho se engravida
nasce uma raiz e lasca o chão,
cresce o pé, a boneca e o pendão
e a espiga começa a criar dente;
o trovão meia noite no nascente
é um grito de Deus no meu sertão.
Ferreirinha/PB

terça-feira, 18 de setembro de 2012

NÃO AO O VOTO COMPRADO


É uma tristeza imensa
Fazer do voto um contrato
E escolher pelo preço
O ideal candidato
Que depois da insistência
Entra em cada residência 
Só pra deixar seu retrato




A verdadeira política
Existe em exceção
Por poucos é exercida
Sem avanço,  a de decisão
Virou clichêde estética
Que  compromete a ética
Presente numa nação

 



Lutar pela causas nobres
È praticar o dever
Mais brigar pelos corruptos
É ousar em defender
Partidarios indecisos
Que só se tornam precisos
Para  abusar do poder
 




Os foguetões barulhentos
Festejam a evidencia
Dos fandangos, das apostas,
Dos tipos de violencia
Que que ha na politicagem
E desmancha a imagem
Do certo e da providencia
 



Por um saco de cimento
Ou emprego prometido
Por uma roupa, um trocado
Ja tem voto garantido
Mais quando finda a campanha
O candidato que ganha
Nenhum dever é cumprido

 Isabelly  Moreira
Ysabelly Moreira

A verdadeira política
Existe em exceção
Por poucos é exercida
Sem avanço,  a de decisão
Virou clichêde estética
Que  compromete a ética
Presente numa nação
Lutar pela causas nobres
È praticar o dever
Mais brigar pelos corruptos
É ousar em defender
Partidarios indecisos
Que só se tornam precisos
Para  abusar do poder
Os foguetões barulhentos
Festejam a evidencia
Dos fandangos, das apostas,
Dos tipos de violencia
Que que ha na politicagem
E desmancha a imagem
Do certo e da providencia
Por um saco de cimento
Ou emprego prometido
Por uma roupa, um trocado
Ja tem voto garantido
Mais quando finda a campanha
O candidato que ganha
Nenhum dever é cumprido
NÃO AO O VOTO COMPRADO


É uma tristeza imensa
Fazer do voto um contrato
E escolher pelo preço
O ideal candidato
Que depois da insistência
Entra em cada residência 
Só pra deixar seu retrato

Isabely Moreira

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

<<  U m a    P o e s i a  >>>
No fim da minha jornada
esqueço os meus apogeus;
parto para a eternidade
pra ficar junto dos meus,
e parto muito feliz,
pois as poesias que eu fiz
vou declamá-las pra Deus!
Ademar Macedo/RN
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
A chuva está no arquivo
e na vida do sertanejo,
que é pra ter coalhada e queijo
pra manter o homem vivo,
o trovão é curativo
o relâmpago, uma injeção,
a nuvem é cirurgião
e quem traz chuva é o vento;
a chuva é medicamento
pra doença do verão.
Antônio Lisboa/RN

sábado, 15 de setembro de 2012

                             –Dedé Monteiro/PB
Não soneteio tão bem como dizes
mas quando o faço, quando soneteio
faço-o ansioso por deixar felizes
almas que sonham sem qualquer receio.

Faço-o seguindo as mesmas diretrizes
de alguém que pisa num plantio alheio
cheio de brotos, cheio de raízes
e um espantalho a vigiar no meio.

Esse plantio são os dois quartetos
que, atravessados, juntam-se aos tercetos,
campo minado não cruzado ainda.

Se cruzo intacto, sem que nada exploda,
minha alegria se esparrama toda
e eu mesmo aplaudo a minha peça finda.




<<<  U m a    P o e s i a  >>>
Olho a tela do tempo e me torturo
vejo o filme do meu inconsciente,
meu passado maior que o meu presente
meu presente menor que o meu futuro;
se a velhice é doença eu não me curo
que os três males que ataca um ancião
são carência, desprezo e solidão,
e é difícil escapar dessa trindade;
se eu pudesse comprava a mocidade
nem que fosse pagando a prestação.
Geraldo Amâncio/CE

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

A VEZ DO POETA com WELLINGTON VICENTE


ACONSELHAMENTO

Não faça nada sabendo
Que está fazendo errado.
(Mote de autoria desconhecida enviado pelo Poeta Zé Ilton)

Não critique a atitude

De quem só quer ajudar
Pois se um dia precisar
Vai encontrar quem lhe ajude
Não prejudique a saúde
Com cigarro ou “baseado”
Não compre nada roubado
Nunca xingue o reverendo
Não faça nada sabendo
Que está fazendo errado.

Não dê asilo a ladrão

Não critique a vizinhança
Não tente puxar pra dança
Dama com anel na mão
Evite entrar em questão
Com alguém muito abastado
Não desacate soldado
Quem fez isso está sofrendo
Não faça nada sabendo
Que está fazendo errado.

Fale pouco e ouça mais

Aprenda com o erro alheio
Nunca queira está no meio
De conflitos conjugais
Honre o nome dos seus pais
Não se venda a deputado
Que um dia o cabra safado
Vai acabar lhe vendendo
Não faça nada sabendo
Que está fazendo errado.

Glosas: Wellington Vicente.

Porto Velho, 24/04/2010.
<<<  U m a    P o e s i a  >>>
As aves são mensageiras
doutros galhos, doutros ninhos,
as arvores, dos passarinhos
são casas hospitaleiras,
as nuvens são as bandeiras
do firmamento bonito,
cada estrela é um granito
que lá no céu se espalha;
e a lua é uma medalha
no peito do infinito.
Canhotinho/PB

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

IPANGUAÇÚ   TA DEMAIS
A GANÂNCIA DO PODER
NÃO VEJO NENHUM PORQUER
BRIGAS E HIPOCRISÍAS
LEMBRE-CE QUE A DEMOCRACIA
FOI DIFÍCIL DE ALCANÇAR
NÃO VA COM OS MANOS BRIGAR
POR  DISPUTA DE ELEIÇÃO
RESPEITE O POVO IRMÃO
E DEIXE A VIDA TE LEVAR
JosmaRibeiro


IPANGUAÇU TERRA AMADA 

QUE POR DEUS FOI PROJETADA

PRA SEU POVO PROTEGER

TEM CULTURA EM ABUNDANÇÃO

TERRA QUE MIM FEZ CRIANÇA

E MEU POVO EU VI CRESCER

AGRICULTURA É O  NORTE

BANANEIRA É O SEU FORTE

DO VALE É ABENÇOADA

A CIDADE  MAIS AMADA

DO BRASIL DO SUL AO NORTE

 Josmaribeiro

PATATIVA DO ASSARÉ - poesia: A MULHER QUE EU MAIS AMEI


MULHER QUE EU MAIS AMEI
Era um modelo perfeito
A mulher que mais amei,
Linda e simpática de um jeito
Que eu mesmo dizer não sei.
Era bela, muito bela;
Para comparar com ela,
Outra coisa eu não arranjo
E por isso tenho dito
Que se anjo é mesmo bonito,
Era o retrato dum anjo.

Sei que alguém não me acredita,
Mas eu digo com razão,
Foi a mulher mais bonita
De cima de nosso chão;
Era mesmo de encomenda
E do amor daquela prenda
Eu fui o merecedor,
Eu era mesmo sozinho
Dono de todo carinho
Daquele anjo encantador.


Era bem firme a donzela,
Só em mim vivia pensando.
Quando eu olhava ela,
Ela já estava me olhando.
Para a gente conversar
Quando eu não ia, ela vinha,
Um do outro sempre bem perto
Nosso amor dava tão certo
Quem nem faca na bainha.


E por sorte ou por capricho,
Eu tinha prata, ouro e cobre.
Dinheiro em mim era lixo
Em casa de gente pobre.
Nós nunca perdíamos ato
De cinema e de teatro
De drama e mais diversão,
Não faltava coisa alguma,
As notas eu tinha de ruma
Para nós andar de avião.


Meu grande contentamento,
Não havia mais maior
E nossos dois pensamentos
Pensava uma coisa só.
Para desfrutar a minha vida
Perto de minha queria
Eu não poupava dinheiro.
Tanta sorte nós tivemos
Que muitas viagens fizemos
Nas terras do estrangeiro.


E quando nós se trajava
E saía a passear
O povo todo arredava
Para ver nos dois passar
Cada qual mais prazenteiro
Deste nosso mundo inteiro
Nós dois éramos os mais felizes,
Vivíamos nas altas rodas
E só trajava nas modas
Dos modelos de Paris.

Assim a vida corria
E o prazer continuava
Aonde um fosse o outro ia
Onde um tivesse o outro estava;
Para festa de posição
Das mais alta ingorfação
Nunca faltava convite
Para dizer a verdade
A nossa felicidade
Já passava dos limites

Era boa a nossa sorte
E n]ao mudava um segundo
Ninguém pensava na morte
E o céu era aqui no mundo.
Na refeição nós comia
Das melhores iguarias
Sem falar de carne e arroz
E por isso muita gente
Ficava rangendo os dentes
Com ciúmes de nós dois.

Foi uma coisa badeja
A vida que eu desfrutei,
Mas para quem tiver inveja
Dessa vida que levei
Com tanta felicidade,
Eu vou dizer a verdade,
Pois não engano ninguém.
Aquele anjinho risonho
Eu vi foi durante um sonho;
Mulher nunca me quis bem!

A história não foi verdade,
Todo sonho é mentiroso
Aquela felicidade
De tanto luxo e de gozo
Sem o menor sacrifício,
Foi negócio fictício,
Não foi coisa verdadeira.
Eu fiquei dando o cavaco:
“Este alimento fraco
Só dá para sonhar besteira.”

De noite eu tinha jantado
Um mucunzá sem tempero
E acordei alvoroçado
Sem mulher e sem dinheiro;
Ainda reparei bem
Para vê se via alguém
De junto de minha rede
Mas, em vez de tudo aquilo
Só ouvi cantando o grilo
Nos buracos da parede.

Quando acordei estava só
Sem ter ninguém do meu lado,
Era muito mais melhor
Que eu não tivesse sonhado.
Quem já vai no fim da estrada
Levando a carga pesada
De sofrimento sem fim,
Doente, cansado e fraco
Vem um sonho enchendo o saco
Piorar quem já está ruim.”

Patativa do Assaré