–José Ouverney/SP–
Se tu
não existisses, meu amor,
meu
despertar seria diferente;
talvez
um abrir de olhos tão somente:
cena
comum de um quadro sem valor...
Talvez
sonhar perdesse o seu sabor
e,
nos primórdios de uma tarde quente,
a
vida se esvaísse lentamente
se tu
não existisses, meu amor!
Poetas
versariam sem paixão;
não
se daria crédito à emoção;
não
haveria o frêmito da espera.
E como
iria eu falar de flor
se tu
não existisses, meu amor?
Sem
ti... nem haveria primavera!
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