terça-feira, 10 de setembro de 2013

Renato Caldas

Fulô do Mato
começo com essa extraordinária poesia..
Gostei demais pricipalmente da figura: Cardume de prefume. Deve ser todos os perfumes do mundo.


Sá dona, vossa mercê
é a fulô mais chêrosa,
a fulô mais perfumosa
que meu sertão já botô.

E pode juntar um cardume
de tudo que for prefume,
de tudo que for fulô
que nenhuma, nenhuma só,
tem o cheirinho do suó
que seu corpinho suô.

É o cheiro da madrugada,
fartum de areia moiáda
que o orváio enchombriô.

É um cheiro bom, deferente
que a gente sentindo, sente;
das outras coisa, o fedô.

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