Bira um cabra ruim sem confiança Certo dia faleceu pro inferno ele desceu E lá chegando achou estranho Pois um forró sem tamanho Comia no salão fervente Tinha mais quenga que gente Umas nêga boa e sem desdém E sem contar que lá também Era de graça a aguardente
Ai Bira se animou Dançou, deu chero em cangote Levou cancão nos malote de morena ruiva e galega Eis então que o diabo chega E a coisa melhora mais pois lhe falou o satanás - Se acaso tu quiser Pode escolher qualquer muié E levar prum quartim lá atrás
“Eita inferno curado” pensou bira Putero bom assim num tem Sem gastar nenhum vintém Vou meter foice na mata Levou pro quarto uma mulata Tirou sua roupa na dentada Com as perna dela arreganhada Ele ficou todo assustado Pois no lugar do danado A nêga num tinha nada
Bira correu atordoado Pensando tá confundido Das outras baixou os vestido Tendo o mesmo resultado Tudim tinha o troço tapado E Bira doido pelo xeim ein ein Disse ao diabo: Cabra do bem Eu tou pior que jegue penga Mas percebi que essas quenga Os xibiu elas não tem
O cão disse: Homi num reclame Cheirasse cada avião Num gastasse um tostão As dança foram de graça Do mermo jeito a cachaça Ai fiz isso não pra ser cruel Mas se tem xibiu esses pitéu Como estás a reclamar O nome desse lugar Invés de inferno era céu Jefferson Desouza (CORDEL)
Nenhum comentário:
Postar um comentário