- ESSA É A LIDA NO SERTÃO
- DESSE CABOCLO ROCEIRO
- QUE ACORDA DE MADRUGADA
- NO NORDESTE BRASILEIRO
- LOGO AO CANTAR DO GALO
- EM CIMA LÁ DO POLEIRO
- DEITADO EM UMA REDE
- NO ALPENDRE DA FAZENDA
- ACORDO AO RAIAR DO SOL
- E CHAMA MINHA PRENDA
- QUE FERVE LOGO O CAFÉ
- ACOMPANHADO DA MERENDA
- DEPRESSA ENCHO OS POTES
- COM ÁGUA DO CACIMBÃO
- BOTO MILHO PARA OS PORCOS
- RACHO A LENHA DO FOGÃO
- COM UM MACHADO AFIADO
- BOM DE CORTAR MOURÃO
- TIRO LEITE DAS VACAS
- PRINCESA, BAIANA E ANDORINHA
- PRA FAZER QUEIJO DE COALHO
- NA PRENSA DA COZINHA
- E VOU VENDER NA FEIRA
- LOGO BEM DEMANHANZINHA
- LOGO DEPOIS VOU BUSCAR
- O JUMENTO NO CERCADO
- BOTO UM PAR DE CAÇOAR
- E SAIU PARA O ROÇADO
- EM BUSCA DO FEIJÃO
- QUE POR MIM FOI PLANTADO
- A MULHER FICA NO TERREIRO
- DA PORTA DA COZINHA
- ALIMENTANDO OS BICHOS
- PATO, PERU E GALINHA
- E AINDA PEGA UM GUINÉ
- PRA JANTAR DETARDEZINHA
- LOGO QUE VOLTO DA ROÇA
- COM O JEGUE CARREGADO
- DE FEIJÃO, MILHO E ARROZ
- OS CAÇOAR VEM SOCADO
- O JUNENTO CHEGA PEIDA
- COM ESSE PESO DANADO
- BOTO O LEGUME NOS SILOS
- DEPOIS DE TER APANHADO
- A COLHEITA DO INVERNO
- QUE POR MIM FOI PLANTADO
- COM MEDO DE DAR O BICHO
- E FICAR TUDO ESTRAGADO
- E ASSIM MEU CABOCLO
- É A VIDA NO SERTÃO
- PEÇO QUANDO EU MORRER
- NÃO ME TIRE DESSE CHÃO
- SOU UM PURO SERTANEJO
- MORO NESSE LUGAREJO
- E ADORO ESSE TORRÃO
- NESSA TERRA EU FUI CRIADO
- QUERO AQUI SER ENTERRADO
- ISSO É DESEJO DE JATÃO.
- TEXTO: JATÃO VAQUEIRO
sábado, 28 de setembro de 2013
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