quinta-feira, 1 de agosto de 2013

DESCASO DOS GOVERNANTES

O TERRÔ DA SECA
  
Adispois dessa sicura,
de tantu gadu murridu,
o nordestinu im agrura,
é só soluçu i gimidu.
Pru bancu devenu está,
Num sabi cuma pagá,
O pobri istá perdidu.

Inté o camião pipa
dus pobri, aproveit'adô,
num atendi quanu si grita:
-mi dê água pur favô.
Meus fius está cum sede
tão quasi mortu nas rede,
tem piedadi , sinhô.

A indústria qui apareci
quano chega a sequidão,
é triste, ninguém mereci,
us industriá du cão.
Vendi água, vendi tudu,
prus prefeito barrigudu,
das terra du meu sertão.

Nus terrêru a fedentina
qui chega lá dus currá
nem as avis de rapina
apareci, num é normá.
As vaquinha di barriga,
cas carcaça ressequida,
istendidas nu quintá.

Nas terra da paraiba,
ondi a seca devastô,
uma luta em prol da vida
acunticeu sim sinhô.
Saiu na televisão,
foi nutiça sensação
e o povo si admirô.

Pecuaristas endividadu,
cuns camião de carcaça
du gadu sacrificadu,
dispejô nu mei da praça.
Im frente ao bancu credô,
ispaiô um tal fedô,
qui foi aquela disgraça.

Eu num sei u risultadu,
si o tar banco perduô,
us pobri individadu
qui pur ajuda clamô.
Todo bancu é usurário
fazeno o pobre di otário,
num perdoa não sinhô. 

 (Hull de La Fuente)

CARLOS CHAGAS
FORÇAS ARMADAS ESTÃO ENGOLINDO SAPOS EM POSIÇÃO DE SENTIDO
Publicado: 1 de agosto de 2013 às 0:00
ENGOLINDO SAPOS EM POSIÇÃO DE SENTIDO

                                                        A ditadura militar terminou em 1985. Daqui a menos de  dois anos se completarão trinta,  desde que o general João Figueiredo deixou a presidência da República. Pelo jeito, nem o governo do PT nem a presidente Dilma  perceberam  esse hiato no tempo. Continuam se comportando como se os militares ainda fossem o inimigo a exigir combate permanente e represálias sem conta. Esquecem que os generais de hoje nem eram tenentes, em 1964, e que boa parte da oficialidade nem tinha nascido.
                                                        Não há outra explicação para mais um corte no orçamento das forças armadas, agora de 4 bilhões, porque em maio foram 3,7 bilhões. Certas economias não se justificam. É inconcebível  que se abra mão do mínimo indispensável à defesa nacional. Não estamos em guerra com ninguém, tomara que essa situação se prolongue pela eternidade, mas garantir, ninguém garante. Acresce serem os militares, pela Constituição, os guardiões da lei e da ordem. Sem recursos, sucateados,  com equipamento obsoleto, Exército, Marinha e Aeronáutica chegaram ao limite de imaginar a suspensão de suas atividades nas sextas-feiras, porque nos quartéis, nos navios e nas bases aéreas não há dinheiro para o almoço de  soldados, marinheiros e aviadores.
                                                        O país vive dificuldades econômicas e financeiras. É preciso apertar o cinto, faltam recursos para educação, saúde, transportes e muita coisa a mais. Menos para os bancos, que num único semestre lucram três ou quatro bilhões, dos grandes estabelecimentos  privados aos públicos. 
                                                        As forças armadas estão engolindo sapos em posição de sentido, não estrilam, fora alguns radicais postos em sossego na aposentadoria, cultores de um passado que o Brasil fez escoar pelo ralo.  O perigo é que eles  possam contaminar os companheiros do serviço ativo.

JÁ ESTOU NAQUELA IDADE 
DE AMAR E NÃO SER SÓ
COM TODA SINCERIDADE
VEJO QUE OS HOMENS DE VERDADE
SÓ TEM UMA MULHER DE XODÓ

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