terça-feira, 18 de outubro de 2011

O voto de cabresto

Foto Trinta anos antes do documentário “Peões”, sobre a trajetória de Lula, o documentarista Eduardo Coutinho imortalizou em “Teodorico Bezerra – O Imperador do Sertão” a história do major potiguar que pedia votos assim: - Olhe, você não tem um boi, uma galinha, um terreno... Nada para me dar. Você só tem o voto. É só o que peço – dizia o major aos empregados.

PROBLEMA PARA O SUCESSOR DE DILMA

Por Carlos Chagas ONGs e  empreiteiras estão envolvidas nas denúncias de corrupção no governo, atingindo  agora o ministério dos Esportes, como antes o ministério do Turismo, sem esquecer os Transportes,  a Agricultura e até a Casa Civil.  É a velha regra de  não haver  corruptos sem corruptores.  O diabo  está em  que, apesar da defenestração de ministros e montes de funcionários, prevalece a impunidade relativa aos que superfaturaram obras, impuseram aditivos contratuais sem prestar os serviços contratados  e distribuíram comissões e propinas,  ficando com a maior parte dos recursos públicos.                                                         A lógica e as evidências indicam a mesma prática em outros ministérios, ainda não denunciados, e em altos patamares da administração pública. Seria necessário atacar o mal pela raiz, ou seja, proibir toda e qualquer ONG de celebrar contratos com o governo. Ou não se intitulam entidades não governamentais? Vão buscar dinheiro na iniciativa privada. Ao mesmo tempo, cancelar a participação das empreiteiras flagradas em ilícitos e malfeitos na execução de obras e na prestação de serviços.                                                        Só que tem um problema: se a presidente Dilma optasse por essas ações cirúrgicas, o país iria  parar. Boa parte da economia é movida por esses dois pilares de sustentação das lambanças, obviamente que erigidos com o cimento da esperteza de partidos políticos, maus funcionários, grupos e quadrilhas encasteladas no poder. Numa palavra: sem a corrupção viria de imediato  a recessão.                                                        Fazer o quê? Apelar para o Judiciário, aguardando  a imediata apuração e punição de  cada denúncia seria sonhar acordado.  Esperar que corruptos e corruptores abandonem suas práticas por medo da cadeia ou por arrependimento ético,  outra ilusão. Arrancar do Legislativo profunda modificação  nas leis, de  modo a  fechar  as  brechas por onde escoa a impunidade? Nem pensar.                                                        Conclusão: Dilma precisa  adotar a lição daquele velho Papa que ao ser abordado por um místico, informando haver  o anti-Cristo  nascido em Roma, perguntou que idade tinha o rebento. Ao saber que estaria   com três anos, respondeu: “então não é  problema  meu, mas do meu sucessor...” ENGANAÇÃO                                                        Da Europa vem a informação de que os grandes  bancos decidiram ajudar ainda  mais a Grécia, Portugal, Espanha e outras nações à beira da falência. Verdade? Não. Mentira pura e deslavada. Os bancos não ajudam ninguém.  Os recursos que supostamente adiantarem aos governos referidos e outros nem sairão de seus cofres. Servirão para pagar dívidas atrasadas, com a peculiaridade de gerarem mais lucros, tendo em vista os juros impostos a essas nações. O endividamento só fará aumentar. “Me engana que eu gosto”, deveria chamar-se essa nova fase da crise econômica mundial,  mesclada ao aumento de impostos, a redução de salários, as demissões  em massa e a supressão dos investimentos sociais.

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