sábado, 29 de junho de 2013


  • @thaisagalvao

    • 29
      jun

      PT sentado na cadeira do reitor

      29 de junho de 2013 às 8:59 — Comente aqui
      Eu tinha acabado de entrar no curso de Jornalismo da UFRN quando ouvi pela primeira vez o que, depois entendi tratar-se um chavão: “O povo unido, jamais será vencido”.
      A frase foi o grito de guerra naquele dia em que, de dentro da minha sala, cheia de jovens que, assim como eu, entendiam pouco ou quase nada sobre aquilo, saía uma passeata rumo à Reitoria da Universidade.
      Aos nossos olhos, tudo comandado pelo colega, um pouco mais velho e um tanto diferente de todos, que tinha saído do curso de Engenharia – não lembro se concluído – para fazer Jornalismo.
      Hugo Manso Júnior, era esse seu nome.
      Da nossa sala de aula, e lá fui eu atrás, saiu o protesto que culminou com a invasão à Reitoria e com uma greve que durou 3 meses, quase levando com o movimento, o sonho, meu e de toda a minha turma, de ser universitário.
      Foi ali que me deparei com o PT e seus ensinamentos: “O povo unido jamais será vencido”.
      Foram 3 meses sem aulas e nenhuma conquista para nós, estudantes.
      Nenhuma mudança que refletisse nos 4 anos de curso que segui à risca, mesmo já trabalhando nas redações da Tribuna do Norte e TV Ponta Negra, mas que corria para me ver livre…e trabalhar em paz sem dever nada a ninguém.
      Por anos ouvi a frase…
      Em campanhas políticas, em greves, em movimentos de protestos…
      Hoje, avaliando o resultado da pesquisa Datafolha, apontando uma queda vertiginosa de 27% na popularidade de Dilma Rousseff, a segunda presidente do Brasil eleita pelo PT, voltei àquele tempo…àquela passeata dentro do campus, saindo da minha sala…e chego à conclusão que o PT sofre hoje os efeitos do que ensinou um dia.
      Que o povo unido, jamais será vencido.
      Hoje o povo está unido nas ruas, e o meu colega de classe Hugo Manso, vereador eleito pelo PT, está do outro lado do birô que àquela época sentava o então reitor Daladier da Cunha Lima.
      Hoje ele não fala. Apenas ouve.
      A roda gigante da vida é assim.

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      Da Folha de S. Paulo:

      Popularidade de Dilma cai 27 pontos após protestos
      Pesquisa Datafolha finalizada ontem mostra que a popularidade da presidente Dilma Rousseff desmoronou.
      A avaliação positiva do governo da petista caiu 27 pontos em três semanas

      Hoje, 30% dos brasileiros consideram a gestão Dilma boa ou ótima. Na primeira semana de junho, antes da onda de protestos que irradiou pelo país, a aprovação era de 57%. Em março, seu melhor momento, o índice era mais que o dobro do atual, 65%.
      A queda de Dilma é a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando a poupança dos brasileiros foi confiscada.
      Naquela ocasião, entre março, imediatamente antes da posse, e junho, a queda foi de 35 pontos (71% para 36%).
      Em relação a pesquisa anterior, o total de brasileiros que julga a gestão Dilma como ruim ou péssima foi de 9% para 25%. Numa escala de 0 a 10, a nota média da presidente caiu de 7,1 para 5,8.
      Neste mês, Dilma perdeu sempre mais de 20 pontos em todas regiões do país e em todos os recortes de idade, renda e escolaridade.
      O Datafolha perguntou sobre o desempenho de Dilma frente aos protestos. Para 32%, sua postura foi ótima ou boa; 38% julgaram como regular; outros 26% avaliaram como ruim ou péssima.
      Após o início das manifestações, Dilma fez um pronunciamento em cadeia de TV e propôs um pacto aos governantes, que inclui um plebiscito para a reforma política. A pesquisa mostra apoio à ideia.
      A deterioração das expectativas em relação a economia também ajuda a explicar a queda da aprovação da presidente. A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%.
      A expectativa de que a inflação vai aumentar continua em alta. Foi de 51% para 54%. Para 44% o desemprego vai crescer, ante 36% na pesquisa anterior. E para 38%, o poder de compra do salário vai cair –antes eram 27%.
      Os atuais 30% de aprovação de Dilma coincidem, dentro da margem de erro, com o pior índice do ex-presidente Lula. Em dezembro de 2005, ano do escândalo do mensalão, ele tinha 28%.
      Com Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a pior fase foi em setembro de 1999, com 13%.
      Em dois dias, o Datafolha ouviu 4.717 pessoas em 196 municípios. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou para menos (RICARDO MENDONÇA)


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