sábado, 15 de junho de 2013

Assu – terra da poesia – está de luto com a partida de Chico Elion


Na fotografia, data de 2010, da esquerda: Fernando Caldas, Chico Elion, Ana, Leide Câmara, no Palácio da Cultura em Natal.

Partiu ontem, 13 de junho, para “o lado do azul”, o nosso "poetinha" querido dos potiguares chamado Francisco Elion Caldas Nobre, nascido no Assu, em 1930, ou “Chico Elion” como era mais conhecido nos meios artísticos do país, aos 83 anos de idade. Eu tive o privilégio de com ele ter convivido, unidos pela amizade e pelo parentesco, de quem eu guardo boas recordações e lembranças. Ele estreou como cantor aos dezoito anos de idade, cantando na Rádio Nacional do Rio de Janeiro, a canção Lavadeira, em 1948, em 1950 Aldair Soares gravou pela CBS a canção Moinho D’agua e em 1955 Rinaldo Calheiros gravou a composição de autoria dele, Chico Elion, intitulada Se eu fracassar. consagrou-se com a canção intitulada Ranchinho de Paia interpretada por grandes nomes da Canção Popular Brasileira como, Trio Irakitan, Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Ivanildo Sax de Ouro, dentre outros. Afinal, sem o talento de Chico Elion, perde o Assu, a terra potiguar e o Brasil. Vejamos para o nosso deleite “Ranchinho de Paia”, a sua eterna canção.

Ranchinho de paia,
Que abriga você
Nas paia do coqueiro
E só a lua nos vê.
Ranchinho de paia,
Onde tudo é amor
A beleza na praia
E o canto do pescador.
Ranchinho de paia,
Onde o chão é de areia,
Onde nós dois se "agasaia"
Nessa casinha tão feia.
Mas pouca gente
É feliz como nós
Um canta pro outro
E do vento, escutamos a voz.

Fernando Caldas

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