SURGIU SEM RISO A AURORA
NO DIA NOVE DE ABRIL
SOLITÁRIA A NATUREZA
CLAMAVA AO CEU DO BRASIL
A TUDO CAUSOU SUPRESSA
O ROSERAU COM TRISTEZA
PERFUME NÃO EXALOU
A TORTURA FOI COMPLETA
QUANDO ESTE IMORTAL POETA
PARA O ALÉM CAMINHOU
A FLORESTA FICOU TRISTE
A CIGARRA NÃO CANTOU
SÓ A MORTE GARGALHOU
O SEU GOLPE QUEM RESISTE
PADECEU TODA CAMPINA
NO MAR A MIMOSA ONDINA
CONSTERNADA SOLUÇOU
SENTIU O BRASIL INTEIRO
QUANDO O RÁDIO ANUNCIOU
MORREU ERCILIO PINHEIRO
NENHUM PASSARO GORGEOU
AO CÊU FALTOU CLARIDADE
A LUA SÓ DE SAUDADE
NESTA NOITE NÃO BRILHOU
TODO UNIVERSO CHOROU
A MORTE DO FILHO AMADO
O VENTO SOPROU CALADO
A MANHA NASCEU SEM GRAÇA
O PRENUNCIO DA DESGRAÇA
FEZ O DIA AMARGURADO
ENTRISTECERAM OS LIRIOS
JASMIM, DALAS, ASUCENA
MARGARIDAS E VERMENAS
SE VESTIRO DE MARTÍRIOS
ESTRELAS, COMETAS, SÍRIOS
SOLUÇAVAM SEM CONFORTO
RECLAMAVA TODO HORTO
HOUVE SILÊNCIO NA FONTE
DENEGRIDO O HORIZONTE
DEPLORAVA ERCÍLIO MORTO
José Coriolano Ribeiro
quinta-feira, 30 de maio de 2013
quarta-feira, 29 de maio de 2013
AURORA NASCEU CHORANDO
NO DIA NOVE DE ABRIL
COMO UM PRENUNCIO DE MAGOA
COBRIA O CÊU DO BRASIL
SATURADO DE DESGOSTO
O SOL ESCONDEU SEU ROSTO
NA CINZA DO NEVOEIRO
DE PRETO COBRIU-SE O DIA
PORQUE O RÁDIO DIZIA
MORREU ERCÍLIO PINHEIRO
Dimas Batista
ADEUS ERCILIO PINHEIRO
ATÉ DIA DE JUÍZO
CONSERVAREI NA LEMBRANÇA
TUA VOZ TEU IMPROVISO
E EM FIM DA RECORDAÇÃO
FICOU O MEU CORAÇÃO
COM PROFUNDA NOSTALGIA
ENQUANTO EU PUDER CANTAR
TEU NOME TEM BRILHAR
COMO SOL DE MEIO DIA
Otacílio Batista
COM A ALMA TRAUMATIZADA
EM LUTO TODA DESCIDA
QUERIDA PELA TRISTEZA
NA DOR MAIS DESENSOFRIDA
FALO DO NOBRE POETA
QUE APOUCO PERDEU A VIDA
É SOBRE ERCÍLIO PINHEIRO
QUE AQUI FALAI-VOS EU VOU
UM CANTADOR FIGURANTE
QUE MULTIDÕES ENCANTOU
UMA VIDA PRECIOSA
QUE A MORTE AGORA LEVOU
PORQUE COMO VIOLEIRO
FOI RESPEITADO SEU PORTE
O SEU CANTAR ALTANEIRO
ERA CHAMADO DE SORTE
PRINCEPE DOS CANTADORES
DO RIO GRAND DO NORTE
José Aires de Mendonça
Dilma vai desembarcar em São Gonçalo
Postado por lauritaarruda | Direto de Brasília | 28-05-2013 às 17:59
O presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves estava presidindo a sessão das MPs, esta tarde, quando recebeu telefonema da Presidente Dilma Rousseff.
Tinha boas novas com a confirmação da visita ao Rio Grande do Norte na próxima segunda-feira.
- “Vou descer no seu aeroporto”, brincou referindo-se ao Aeroporto de São Gonçalo.
Além de inspecionar as obras dos
terminais de passageiros e de cargas, a presidente deverá assinar a
Ordem de Serviço para a construção da barragem de Oiticica, em Jucurutu,
e anunciar a licitação do projeto para duplicação da BR-304 entre Natal
e Mossoró na divisa com o Ceará.
Há duas possibilidades para o local do
evento: a Escola de Governo, no Centro Administrativo, e o Centro de
Convenções e Natal. A confirmar!
terça-feira, 28 de maio de 2013
Manoel Xudú
Cultura Nordestina
EM FOCO
EM FOCO
terça-feira, 11 de outubro de 2011
0MANOEL XUDU REPENTISTA NORDESTINO
poeta Manoel Xudu Sobrinho, Manoel Xudu, ou, simplesmente, Xudu, nasceu em São José de Pilar-PB em 15 de março de 1932 e faleceu em 1985, em Salgado de São Félix, onde residia.
Improvisos de Manoel Xudu
Sou igualmente a pião
saindo de uma ponteira
que quando bate no chão
chega levanta a poeira
com tanta velocidade
que muda a cor da madeira.
Cantar pra Zé de Cazuza
pra Lourival, pra Heleno
é mesmo que matar cobra
com um cacete pequeno
pisar na ponta do rabo
sem se lembrar do veneno.
Deixe de sua imprudência
deixe eu findar a peleja
como é que eu posso cantar
tocar e tomar cerveja
cachorro é que tem três gostos
que corre, late e fareja.
Me admira é o pica-pau
Comer miolo de angico,
Tem hora que é taco-taco,
Tem hora que é tico-tico,
Nem sente dor de cabeça
Nem quebra a ponta do bico.
Minha mãe que me deu papa
Me deu doce, me deu bolo
Mãe que me deu consolo
Leite fervido e garapa
Mamãe me deu um tapa
E depois se arrependeu
Beijou aonde bateu
Acabou a inchação
Quem perde mãe tem razão
De Chorar o que perdeu.
FONTE: JORNAL DA BESTA FUBANA
postado por tony josé terça-feira,11 de outubro de 2011
Marcadores: Poetas
O Poeta Eduardo Rabello garimpou essa pedra rara:
poeta Manoel Xudu Sobrinho, Manoel Xudu, ou, simplesmente, Xudu, nasceu em São José de Pilar-PB em 15 de março de 1932 e faleceu em 1985, em Salgado de São Félix, onde residia.
Improvisos de Manoel Xudu
Sou igualmente a pião
saindo de uma ponteira
que quando bate no chão
chega levanta a poeira
com tanta velocidade
que muda a cor da madeira.
Cantar pra Zé de Cazuza
pra Lourival, pra Heleno
é mesmo que matar cobra
com um cacete pequeno
pisar na ponta do rabo
sem se lembrar do veneno.
Deixe de sua imprudência
deixe eu findar a peleja
como é que eu posso cantar
tocar e tomar cerveja
cachorro é que tem três gostos
que corre, late e fareja.
Me admira é o pica-pau
Comer miolo de angico,
Tem hora que é taco-taco,
Tem hora que é tico-tico,
Nem sente dor de cabeça
Nem quebra a ponta do bico.
Minha mãe que me deu papa
Me deu doce, me deu bolo
Mãe que me deu consolo
Leite fervido e garapa
Mamãe me deu um tapa
E depois se arrependeu
Beijou aonde bateu
Acabou a inchação
Quem perde mãe tem razão
De Chorar o que perdeu.
FONTE: JORNAL DA BESTA FUBANA
postado por tony josé terça-feira,11 de outubro de 2011
Marcadores: Poetas
Admiro um pica-pau
Numa madeira de angico
Que passa o dia todim
Taco-taco, tico-tico
Não sente dor de cabeça
Nem quebra a ponta do bico
Admiro 100 formigas
Um besouro carregando
40 puxa na frente
40 atrás empurrando
E as 20 que vão em cima
Pensam que estão ajudando
Manoel Xudú
Um besouro carregando
40 puxa na frente
40 atrás empurrando
E as 20 que vão em cima
Pensam que estão ajudando
Manoel Xudú
Manoel Xudu ( A Lenda do Repente)
Uma resposta para Do poeta Manoel Xudú
Manoel Xudu, um gênio do povo
Tenho grande simpatia e empatia com os personagens que tenham contribuído de alguma forma para o coletivo, que tenham dedicado suas vidas por uma idéia, uma causa, ou tenham consagrado sua inteligência à execução de uma arte. Os que se distinguem, os excepcionais, esses merecem a imortalidade. Os grandes artistas populares quase sempre são esquecidos por não terem traquejo social, prestígio ou militância política. Que devemos prestigiar nossos valores, de ontem e de hoje, é inquestionável. Organizei um livreto com o propósito de levar a cabo a missão de preservar um pouco da obra do grande Manoel Xudu, esse filho de São José dos Ramos que foi um dos maiores artistas que se conheceu na arte de improvisar versos ao som de uma viola.
Eu mal havia completado dezessete anos, e já freqüentava as barracas que vendiam cachaça, galinha torrada e macaxeira, na beira da linha, em Itabaiana. Essas barracas permaneciam abertas a noite toda, nas segundas-feiras, véspera da grande feira de Itabaiana, para onde convergiam centenas de matutos de toda região. Eram redutos de violeiros e emboladores de coco, que passavam a noite bebendo e divertindo a matutada. Foi ali onde conheci Manoel Xudu, a quem devo o favor da minha iniciação nos segredos da belíssima arte do improviso, a sextilha, o setessílabo, o decassílabo, a gemedeira, o mourão perguntado, o martelo alagoano, o mote, o tema e outros detalhes do mundo mágico dos cantadores repentistas. A cultura na sua mais pura forma de ser, os magníficos poetas repentistas com seus jogos de palavra e seu raciocínio veloz em torneios semânticos que, às vezes, duravam dias e noites.
Manoel Xudu merece constar na galeria dos grandes artistas populares do Brasil. Esse fenômeno da poesia popular divulgou em versos geniais os valores sociais, políticos, religiosos, culturais e econômicos de sua terra, nas tradicionais cantorias que foram, durante muito tempo, a educação informal principalmente das comunidades do campo.
O saber do povo, a bem da verdade, sempre foi olhado com desconfiança pelas elites dirigentes. No entanto, hoje a obra de Manoel Xudu é estudada por pesquisadores da cultura popular. Louve-se a iniciativa da prefeitura de São José dos Ramos, de editar este livreto com o que de melhor produziu o poeta e foi gravado pela memória de alguns admiradores, além de versos de folhetos de cordel, como é exemplo a “Peleja de Manoel Xudu com Zezé Lulu”, publicado na íntegra neste opúsculo. Conhecendo-se a má vontade dos esquemas oficiais, quando se trata de apoio à produção artística e cultural dos pobres, damos graças aos deuses do Parnaso por São José dos Ramos ter um prefeito, Azenildo Ramos, amante da poesia e da cultura popular, ele que investiu na divulgação da história da vida e obra desse poeta simples, reconhecido hoje como um dos maiores repentistas de todos os tempos no Nordeste.
Em um festival de poetas no Clube Astrea, em João Pessoa, pediram uma definição de poesia. Manoel Xudu saiu-se com este improviso:
“Poesia tão linda e soberana
E tão pura, tão branca igual a um véu...
Está na terra, no mar, está no céu
E no pelo que tem a jitirana.
Ela está em quem vive a cortar cana
Quando volta pra casa ao meio dia...
Está num bolo de fava insossa e fria
Que um pobre mastiga com lingüiça.
Está na paz, no amor e na justiça
O mistério da doce poesia.
Eu mal havia completado dezessete anos, e já freqüentava as barracas que vendiam cachaça, galinha torrada e macaxeira, na beira da linha, em Itabaiana. Essas barracas permaneciam abertas a noite toda, nas segundas-feiras, véspera da grande feira de Itabaiana, para onde convergiam centenas de matutos de toda região. Eram redutos de violeiros e emboladores de coco, que passavam a noite bebendo e divertindo a matutada. Foi ali onde conheci Manoel Xudu, a quem devo o favor da minha iniciação nos segredos da belíssima arte do improviso, a sextilha, o setessílabo, o decassílabo, a gemedeira, o mourão perguntado, o martelo alagoano, o mote, o tema e outros detalhes do mundo mágico dos cantadores repentistas. A cultura na sua mais pura forma de ser, os magníficos poetas repentistas com seus jogos de palavra e seu raciocínio veloz em torneios semânticos que, às vezes, duravam dias e noites.
Manoel Xudu merece constar na galeria dos grandes artistas populares do Brasil. Esse fenômeno da poesia popular divulgou em versos geniais os valores sociais, políticos, religiosos, culturais e econômicos de sua terra, nas tradicionais cantorias que foram, durante muito tempo, a educação informal principalmente das comunidades do campo.
O saber do povo, a bem da verdade, sempre foi olhado com desconfiança pelas elites dirigentes. No entanto, hoje a obra de Manoel Xudu é estudada por pesquisadores da cultura popular. Louve-se a iniciativa da prefeitura de São José dos Ramos, de editar este livreto com o que de melhor produziu o poeta e foi gravado pela memória de alguns admiradores, além de versos de folhetos de cordel, como é exemplo a “Peleja de Manoel Xudu com Zezé Lulu”, publicado na íntegra neste opúsculo. Conhecendo-se a má vontade dos esquemas oficiais, quando se trata de apoio à produção artística e cultural dos pobres, damos graças aos deuses do Parnaso por São José dos Ramos ter um prefeito, Azenildo Ramos, amante da poesia e da cultura popular, ele que investiu na divulgação da história da vida e obra desse poeta simples, reconhecido hoje como um dos maiores repentistas de todos os tempos no Nordeste.
Em um festival de poetas no Clube Astrea, em João Pessoa, pediram uma definição de poesia. Manoel Xudu saiu-se com este improviso:
“Poesia tão linda e soberana
E tão pura, tão branca igual a um véu...
Está na terra, no mar, está no céu
E no pelo que tem a jitirana.
Ela está em quem vive a cortar cana
Quando volta pra casa ao meio dia...
Está num bolo de fava insossa e fria
Que um pobre mastiga com lingüiça.
Está na paz, no amor e na justiça
O mistério da doce poesia.
Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 26/05/2009
Código do texto: T1615251
Código do texto: T1615251
Comentários
Sobre o autor
Os
chamados, “ouvintes de cantoria”, que também são poetas, apesar de não
fabricarem os versos, exercem, e como exercem, uma cumplicidade com os
cantadores. Eles sabem das histórias dos poetas, declamam seus versos de
pé-de-parede, passam pra frente além de ter um passado histórico de imortalizar
os vates mais consagrados. Ainda tem um detalhe fundamental relacionado à
categoria dos “ouvintes”: eles inspiram os cantadores no momento em que criam
os motes já com uma dosagem forte de um poema. Quando Manoel Filó dá o mote: -
Uma gota de pranto molha o riso/ Quando o preso recebe a liberdade. Ou então: -
O espinho é o vigia/Da inocência da flor. Eis aí, uma possibilidade real do
cantador se inspirar, para produzir “pérolas”.
Manoel
Xudu Sobrinho foi um homem simples, generoso, eternamente, cavalheiro, incapaz
de um ato ríspido, mesmo nas horas em que sua tranqüilidade corresse o risco de
ser ameaçada. Nem por isso deixou de ser um poeta atormentado, de permeio,
entre “o mundo e o nada”, o pranto e o riso. Natural da cidade de Pilar, na
Paraíba, conterrâneo de José Lins do Rego e de João Lourenço, violeiro em plena
atividade profissional.
“A
obra de Xudu exige um conhecimento maior desse gênio do repente. Cada estrofe é
um monumento de Arte, a expressar uma cascata de emoções que despenca em uma
alma profundamente humanística”.
Xudu
preenche as exigências da categoria, no que concerne, o cantador, o poeta, e o
repentista. O cantador canta em qualquer estilo, atende ao mercado, espreita os
acontecimentos diários. O poeta não se explica, graças a Deus! Tudo tende à
emoção. É o Arquiteto dos sonhos e da metáfora. O repentista é simplesmente
maravilhoso! É a marca registrada do repente. É quem pega o fato no ar, muitas
vezes sem saber nem o que vai dizer. Ele pega de bote.
Xudu
era tudo isso, dentro de uma simplicidade tamanha, ele abordava os temas mais
profundos, com a maior presteza:
A
MULHER QUE EU CASEI
ALÉM DE LINDA É BREJEIRA
DAQUELAS QUE VAI À MISSA
NO DOMINGO E TERÇA-FEIRA
DAS QUE FAZ UMA SOMBRINHA
COM UM PÉ DE CARRAPATEIRA.
ALÉM DE LINDA É BREJEIRA
DAQUELAS QUE VAI À MISSA
NO DOMINGO E TERÇA-FEIRA
DAS QUE FAZ UMA SOMBRINHA
COM UM PÉ DE CARRAPATEIRA.
A
arte do improviso alimentava corpo e alma deste poeta, do “Pilar”. Bom tocador
de viola, o que é um tanto raro dentre os repentistas. Ele e Severino Ferreira
quando se deparavam, o “cancão piava”, no desafio só de viola. Gostava de uma
“branquinha”. Meu Deus! Às vezes os próprios colegas o prendiam num quarto, até
de motel, contanto que ele estivesse bom para o desafio noturno dos
“Festivais”.
Xudu
colocava a mulher em uma sextilha, onde ela era cúmplice dele, e ainda era quem
dava a “chave”. Mas, isso não bonito?
EU
ESTAVA NA PRECISÃO
QUANDO ME CASEI COM NITA
NADA TINHA PRA LHE DAR
DEI-LHE UM VESTIDO CHITA
ELA OLHOU SORRINDO E DISSE
OH! QUE FAZENDA BONITA!
QUANDO ME CASEI COM NITA
NADA TINHA PRA LHE DAR
DEI-LHE UM VESTIDO CHITA
ELA OLHOU SORRINDO E DISSE
OH! QUE FAZENDA BONITA!
Mas,
por falar em mulher, nada melhor do que chamar Xudu. Claro, todos somos
Freudianos:
MAMÃE
QUE ME DAVA PAPA
ME DAVA PÃO E CONSOLO
DAVA CAFÉ DAVA BOLO
LEITE FERVIDO E GARAPA
MAS UMA VEZ DEU-ME UM TAPA
E DEPOIS SE ARREPENDEU
BEIJOU AONDE BATEU
DESMANCHOU A INCHAÇÃO
“QUEM NÃO TEM MÃE TEM RAZÃO
DE CHORAR O QUE PERDEU”.
ME DAVA PÃO E CONSOLO
DAVA CAFÉ DAVA BOLO
LEITE FERVIDO E GARAPA
MAS UMA VEZ DEU-ME UM TAPA
E DEPOIS SE ARREPENDEU
BEIJOU AONDE BATEU
DESMANCHOU A INCHAÇÃO
“QUEM NÃO TEM MÃE TEM RAZÃO
DE CHORAR O QUE PERDEU”.
E
então? Veremos agora, o Xudu autobiográfico. Revelando uma trajetória de vida
no sacrifício, na porrada. Particularmente, nunca tinha visto uma
autobiografia, tão sincera, com todas as etapas da vida do poeta. Genial:
DIA
13 DE MARÇO TERÇA-FEIRA
ANO MIL NOVECENTOS TRINTA E DOIS
POUCO TEMPO DEPOIS QUE O SOL SE PÔS
MAMÃE DAVA GEMIDOS NA ESTEIRA
NUMA CASA DE BARRO E DE MADEIRA
MUITO HUMILDE COBERTA DE CAPIM
EU NASCI PRA VIVER SOFRENDO ASSIM
MINHA DOR VEM DOS TEMPOS DE MENINO
VIVO TRISTE POR CAUSA DO DESTINO
E A SAUDADE CORRENDO ATRÁS DE MIM.
ANO MIL NOVECENTOS TRINTA E DOIS
POUCO TEMPO DEPOIS QUE O SOL SE PÔS
MAMÃE DAVA GEMIDOS NA ESTEIRA
NUMA CASA DE BARRO E DE MADEIRA
MUITO HUMILDE COBERTA DE CAPIM
EU NASCI PRA VIVER SOFRENDO ASSIM
MINHA DOR VEM DOS TEMPOS DE MENINO
VIVO TRISTE POR CAUSA DO DESTINO
E A SAUDADE CORRENDO ATRÁS DE MIM.
Daqui
vai um alerta para aqueles que conhecem outras versões de alguns versos que por
acaso constem nesta matéria. É que, os próprios ouvintes de cantoria, os
cantadores, os livros (e são muitos), têm versões diferentes, no que concerne
às mudanças constantes nas linhas ou estrofes, ou até relacionados à autoria de
um verso. Eu mesmo, já presenciei contradições de versos dentro da casa do
próprio Lourival Batista, cuja autoria era atribuída a ele. Isso é literatura
oral. Portanto, o mais importante, é que ao alterarem estrofes dos versos,
nunca se fere o princípio básico do que o autor quis passar para os ouvintes.
Na sextilha do poeta, João Paraibano: - Eu estava no sertão/ Balançando em
minha rede/ Vendo o açude vazio/ Com dois rachões na parede/ E as abelhas no
velório/ Da flor que morreu de sede. Pois bem, este açude, coitado! Nessas
alturas, já vai com mais 100 rachões na parede...
Manoel
Xudu tinha o olho biônico. Seus versos eram recheados de carinho, paixão, desde
quando necessários. O mote que ele recebeu, foi o seguinte: Pode ir lá que está
gravado/ O nome de Ana Maria:
O
NOME DA MINHA AMADA
ESCREVI COM EMOÇÃO
NA PALMA DA MINHA MÃO
NO CABO DA MINHA ENXADA
NO BATENTE DA CALÇADA
E NO FUNDO DA BACIA
NA CASCA DA MELANCIA
MAIS GROSSA DO MEU ROÇADO
“PODE IR LÁ QUE ESTÁ GRAVADO
O NOME DE ANA MARIA.
ESCREVI COM EMOÇÃO
NA PALMA DA MINHA MÃO
NO CABO DA MINHA ENXADA
NO BATENTE DA CALÇADA
E NO FUNDO DA BACIA
NA CASCA DA MELANCIA
MAIS GROSSA DO MEU ROÇADO
“PODE IR LÁ QUE ESTÁ GRAVADO
O NOME DE ANA MARIA.
E
agora? Agora vamos terminar esse papo, com Manoel Xudu Kafkiano. Pôxa! E Xudu
sabia o que era Surrealismo? Então, para os leitores mais engajados:
A
PRISÃO ONDE ESTAVAM OS CONDENADOS
NA ANTIGA CIDADE DE BEZETA
ERA TODA PINTADA À TINTA PRETA
E TRANCADA POR FORTES CADEADOS
GUARNECIDA POR TRINTA E DOIS SOLDADOS
CADA UM COM DOIS METROS DE ALTURA
E ALÉM DE SE LER A AMARGURA
NO SEMBLANTE DAS MUDAS SENTINELAS
QUEM OLHASSE PRAS GRADES DAS JANELAS
TAVA VENDO O RETRATO DAS TORTURAS.
NA ANTIGA CIDADE DE BEZETA
ERA TODA PINTADA À TINTA PRETA
E TRANCADA POR FORTES CADEADOS
GUARNECIDA POR TRINTA E DOIS SOLDADOS
CADA UM COM DOIS METROS DE ALTURA
E ALÉM DE SE LER A AMARGURA
NO SEMBLANTE DAS MUDAS SENTINELAS
QUEM OLHASSE PRAS GRADES DAS JANELAS
TAVA VENDO O RETRATO DAS TORTURAS.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
Otacílio Batista Orgulho da poesia Pernambucana.
Poeta repentista, o mais novo dos três famosos irmãos Batista (além dele, Louro e Dimas), Otacílio Batista Patriota nasceu a 26 de setembro de 1923, na Vila Umburanas, São José do Egito, sertão pernambucano do Alto Pajeú.
Filho de Raimundo Joaquim Patriota e Severina Guedes Patriota, ambos paraibanos, Otacílio participou pela primeira vez de uma cantoria em 1940, durante uma Festa de Reis em sua cidade natal. Daquele dia em diante, nunca mais abandonaria a vida de poeta popular.
Em mais de meio século de repentes, participou de cantorias com celebridades como o Cego Aderaldo e outros. Conquistou vários festivais de cantadores realizados nos estado de Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo.
Entre os folhetos de Cordel que Otacílio publicou estão os seguintes: A Morte do Ex-Governador Dix-Sept Rosado; Versos a Câmara Cascudo; Peleja de Zé Limeira com Zé Mandioca; Peleja do Imperador Pedro II com o Rei Pelé. Todos consagrados junto aos leitores nordestinos.
Otacílio Batista publicou, ainda, vários livros. Entre os quais, destacam-se: Poemas que o Povo Pede; Rir Até Cair de Costas; Poema e Canções; e Antologia Ilustrada dos Cantadores, este último com F. Linhares. Versos de Otacílio foram musicados pelo compositor Zé Ramalho, dando origem à canção “Mulher Nova Bonita e Carinhosa”, gravada inicialmente pela cantora Amelinha e depois pelo próprio Zé Ramalho. A canção foi tema de uma filme brasileiro sobre Lampião, o Rei do Cangaço.
Otacílio Batista Patriota morreu a 05 de agosto de 2003, na cidade de João Pessoa, Paraíba.
MULHER NOVA, BONITA E CARINHOSA
Otacílio Batista
Numa luta de gregos e troianos
Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor
A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Virgulino Ferreira, o Lampião
Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor
Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Otacílio Batista
Numa luta de gregos e troianos
Por Helena, a mulher de Menelau
Conta a história de um cavalo de pau
Terminava uma guerra de dez anos
Menelau, o maior dos espartanos
Venceu Páris, o grande sedutor
Humilhando a família de Heitor
Em defesa da honra caprichosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Alexandre figura desumana
Fundador da famosa Alexandria
Conquistava na Grécia e destruía
Quase toda a população Tebana
A beleza atrativa de Roxana
Dominava o maior conquistador
E depois de vencê-la, o vencedor
Entregou-se à pagã mais que formosa
Mulher nova bonita e carinhosa
Faz um homem gemer sem sentir dor
A mulher tem na face dois brilhantes
Condutores fiéis do seu destino
Quem não ama o sorriso feminino
Desconhece a poesia de Cervantes
A bravura dos grandes navegantes
Enfrentando a procela em seu furor
Se não fosse a mulher mimosa flor
A história seria mentirosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Virgulino Ferreira, o Lampião
Bandoleiro das selvas nordestinas
Sem temer a perigo nem ruínas
Foi o rei do cangaço no sertão
Mas um dia sentiu no coração
O feitiço atrativo do amor
A mulata da terra do condor
Dominava uma fera perigosa
Mulher nova, bonita e carinhosa
Faz o homem gemer sem sentir dor
Versos a meus filhos
Rafa, o seu sorriso
Transforma o meu viver
Minha vida tem sentido
Eu deixo transparecer
O amor e a amizade
Que eu sinto por você
2
Julie, é uma flor
Que brotou no meu jardim
È minha filha amada
Guardada dentro de mim
Estarei jutinho dela
Do começo até o fim.
3
Saulinho o meu Amor
Por você é imortal
Não viverei sem você
Isso pra mim é fatal
Conte sempre com seu Pai
Pois você é o meu Sal.
4
Caína, minha neném
É amor é alegria
É o Sol do meu caminho
Clareando o meu dia
Não enxergo minha vida
Sem a sua companhia.
Versos a Minha Mãe
1
Mãe deixou muita saudade
E levou o seu amor
Demonstrou o seu valor
Na sua simplicidade
Falava sempre a verdade
Com toda sua emoção
Doava de coração
Tudo que Jesus lhe deu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
E levou o seu amor
Demonstrou o seu valor
Na sua simplicidade
Falava sempre a verdade
Com toda sua emoção
Doava de coração
Tudo que Jesus lhe deu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
2
Apesar de tão sofrida
Era pessoa serena
Na sua vida terrena
Era forte, decidida.
Atuante, prevenida.
E tinha muita ação
Do grande profeta João
Falava tudo que leu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
Era pessoa serena
Na sua vida terrena
Era forte, decidida.
Atuante, prevenida.
E tinha muita ação
Do grande profeta João
Falava tudo que leu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
3
Veio então o casamento
Na sua plena juventude
Ela demonstrou virtude
Na voz do seu juramento
Tinha pois conhecimento
Da sua grande paixão
Com toda convicção
Que isso tudo lhe valeu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
Na sua plena juventude
Ela demonstrou virtude
Na voz do seu juramento
Tinha pois conhecimento
Da sua grande paixão
Com toda convicção
Que isso tudo lhe valeu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
4
Onze filhos bem criados
Por uma mãe dedicada
Cuidava da meninada
Éramos mesmo bem cuidados
Fomos todos muito amados
No seu grande CORAÇÃO
E não havia distinção
Nos filhos que Deus lhe deu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
Por uma mãe dedicada
Cuidava da meninada
Éramos mesmo bem cuidados
Fomos todos muito amados
No seu grande CORAÇÃO
E não havia distinção
Nos filhos que Deus lhe deu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
5
Ao lado do seu marido
Mulher, também provedora
Como jovem professora
Seu sonho foi perseguido
Pai era reconhecido
Das Capitais ao Sertão
Ganhava pouco tostão
Pois para cantar nasceu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
Mulher, também provedora
Como jovem professora
Seu sonho foi perseguido
Pai era reconhecido
Das Capitais ao Sertão
Ganhava pouco tostão
Pois para cantar nasceu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
6
Hoje guardo na lembrança
O seu rosto de ternura
Além da sua alma pura
Parecendo uma criança
Eu sentia confiança
Ao pegar em sua mão
E não tinha aflição
Quando estava ao lado seu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
O seu rosto de ternura
Além da sua alma pura
Parecendo uma criança
Eu sentia confiança
Ao pegar em sua mão
E não tinha aflição
Quando estava ao lado seu
A BELA FLOR DE ALGODÃO
ENTRE O CARNAUBAL SE ERGUEU
SE ESPALHOU, SE FEZ ROSINA
NO SOLO QUE LHE ACOLHEU.
sábado, 25 de maio de 2013
O ITALO GÊ GONZAGA
ELE ESTANDO DE GOLEIRO
A BOLA NÃO ULTRAPASSAVA
IMPÓIS MEDO AOS ARTILHEIROS
ERA MUITO AGUERRIDO
DA TORCIDA O PREFERIDO
GRANDE ARQUEIRO DE VISÃO
COM SEU SALTO ELEGANTE
PARA AGARRAR NO GOL
TINHA MUITA PRECISÃO
DAS MULHERES ERA GALANTE
NÃO TINHA COMO ELE NÃO
ENFEITADO ELE ERA MUITO
NO ARCO FOI O MAIOR
NAS QUATRO CHEGAVA JUNTO
DE ASSU
HÁ MOSSORÓ
JosmaRibeiro
O VELHO E O VIAGRA
Quero trazer ao leitor,Esse texto verdadeiro,
Pra falar de um assunto,
Já um tanto corriqueiro,
Aqui em nosso universo,
Dizem que já faz sucesso,
Pondo na vida o tempero.
Esse tempero que falo,
Tem o nome de Viagra,
O azulinho encardido,
Usado no fim da saga,
Que faz da necessidade,
De tantos em certa idade,
Ficar pisando em brasa.
O velho tomando o Viagra,
Fica alegre e todo afoito,
Pode ter setenta anos,
Que se sente com dezoito,
Desaparece a tristeza,
Quando lhe surge a proeza,
De encharcar o biscoito.
Se o Viagra é poderoso,
Pra fazer ressuscitar,
O moleque amolecido,
Que nem sonha levantar,
O famoso comprimido,
Por muitos é ingerido,
Por mastro se empinar.
A fama de todo homem,
É só em sexo pensar,
Por mais que esteja fraco,
E nenhum pensa em falhar,
Então pra se precaver,
De tudo vai se valer,
Pro carro não emperrar.
O velho chega pra velha,
Todo cheio de razão,
Faz charme e até acenos,
Se sentindo um garanhão,
Dizendo consigo mesmo,
Hoje não deixo sobejo,
Tiro a manteiga do pão.
Canta arrastando a asa,
Sassarica feito um galo,
Dizendo hoje minha veia,
O motor pega no estalo,
Não quero reclamação,
Pois carreguei o canhão,
Que está cheio até o talo.
Com o Viagra na guela,
Torce pra fazer efeito,
Pois sua maior alegria,
É manobrar o sujeito,
Tirar da licença prêmio,
Por todo seu desempenho,
Quando tudo era perfeito.
Aumenta-lhe a euforia,
A ver a coisa esquentar,
Diz logo virgem Maria,
Hoje o bicho vai pegar,
Vira um poldro redomão,
Quebra rédea e gibão,
Louco pra noite chegar.
Pois esse tal de Viagra,
É remédio milagroso,
Costuma tirar da forca,
Quem já engoliu caroço,
O fraco fica um terror,
O forte vira um trator,
Faz velho se sentir moço.
Diz o velho que o Viagra,
Devolve-lhe a alegria,
Deixado o seu fogo aceso,
E o ponteiro ao meio dia,
E o que estava enrugado,
Fica teso e assanhado,
Sem fazer burocracia.
ETA remedinho porreta,
Esse pequeno comprimido,
Faz o velhote acanhado,
Deixar o canhão munido,
Quando ver a coisa preta,
Arrepia-se e faz careta,
Para investir no partido.
Cosme B Araujo.
quinta-feira, 23 de maio de 2013
PROFESSORA LIBERACY
O ENSINO QUE VEM DE TI
FORMOU GENTE DE VALOR
HOJE PEÇO AO MEU SENHOR
QUE LHE DER MUITA SAÚDE
POIS ÉS GRANDE DE VIRTUDE
FAZENDO DO ENSINO UM SONHO
MUITO TEMPO LHE ACOMPANHO
MINHA TIA PREFERIDA
DOS ALUNOS A MAIS QUERIDA
QUE AO ENSINO SE RENDEU
AO SABER SE OFERECEU
DEDICANDO A PROPRIA VIDA
JosmaRibeiro
quarta-feira, 22 de maio de 2013
A SAUDADE É CRUEL E PERSISTENTE
NOS HUMILHA, ACHINCALHA E NOS REVOLTA
PORQUE FINGE PARTIR MAIS SEMPRE VOLTA
E SE AC0MODA DE VEZ DENTRO DA GENTE
MANDA E-MAILS DO CORAÇÃO PRA MENTE
TOLHENDO TODAS NOSSAS LIBERDADES
DEIXA VÍRUS DE SAUDADE E VAI EMBORA
SE AINDA ESTOU VIVO ATÉ AGORA
É PORQUE NINGUEM MORRE DE SAUDADE.
Ademar Macedo
UM BISACO UM ALFORJE UMA CANGALHA
UMA COBRA PASSANDO PELA TELHA
UM CAPÃO, UM CURTIÇO DE ABELHA
UMA CAIXA CONTENDO FUMO E PALHA
UM MULAMBO SERVINDO DE TOALHA
UMA AGUA PRA SE LAVE A MÃO
UM MOINHO DE PEDRAS, UM PILÃO
UMA CANGA, UM CHOCALHO E UM ARADO
UM VELHOTE CUIDANDO DO ROÇADO
SÃO LEMBRANÇAS QUE GUARDO DO SERTÃO
Welton Melo
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Faz coisa de admirar/
Faz barata dar o brilho/
Sem nunca verniz passaar/
Faz galinha comer milho/
Beber água e não mijar./
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//Anizio