de Tere Penhabe
Casamento é desgraceira
que pega desprevenido
a mulher vira toupeira
irmã gêmea do marido.
Quem acha bom tá passado
da loucura faz é tempo
se existe praga de padre
o seu nome é casamento.
É como chuva de pedra
que destrói tudo que vê
desde o amor que se tinha
à paixão que ainda se tem.
Valia do casamento
é rebento que aparece
fora isso é só tormento
prova dura a quem merece.
Até quem se fez ouvir
"quem tá fora quer entrar
quem tá dentro quer sair"
tá difícil de encontrar.
Eu escutei uma prosa
que casamento é descuido
eu que nunca fui medrosa
chamo mesmo é de castigo.
Desse descuido escabroso
já provei mais de uma vez
e o que tu chamas "descuido"
eu chamo de insensatez!
Se o problema fosse dar
eu não tinha nada contra
mas se o problema é casar
essa ninguém mais me apronta.
Eu subo na ribanceira
pulo direto no chão
mas eu de casamenteira
nem a mando de Lampião.
Se um dia foi loteria
é fácil de esclarecer
virou criminologia
desde o tempo do PC.
Antigamente era o homem
que corria desse feito
hoje a mulher corre mais
pois aprendeu o defeito.
Abono um ditado antigo
esse touro eu pego à unha
se casamento fosse bom
não precisava testemunha.
Eu sei que estão pensando
que eu sou cobra mal-matada
uma sargenta da gestapo
ou uma feiosa mal amada.
Mas estão a se enganar
isso foi só brincadeira
não há nada mais gostoso
que um cobertor-de-orelha.
Como disse o poetinha
assino embaixo no escrito
"_Quantas vezes vou casar?
quantas vezes for preciso."
É bicho do qual não corro
esse tal de casamento
se ele morre e eu não morro
não me culpem do tormento.
Sei que ele é mal falado
mas eu não digo o pior
se dormir sozinha é bom
em dois é muito melhor!
que pega desprevenido
a mulher vira toupeira
irmã gêmea do marido.
Quem acha bom tá passado
da loucura faz é tempo
se existe praga de padre
o seu nome é casamento.
É como chuva de pedra
que destrói tudo que vê
desde o amor que se tinha
à paixão que ainda se tem.
Valia do casamento
é rebento que aparece
fora isso é só tormento
prova dura a quem merece.
Até quem se fez ouvir
"quem tá fora quer entrar
quem tá dentro quer sair"
tá difícil de encontrar.
Eu escutei uma prosa
que casamento é descuido
eu que nunca fui medrosa
chamo mesmo é de castigo.
Desse descuido escabroso
já provei mais de uma vez
e o que tu chamas "descuido"
eu chamo de insensatez!
Se o problema fosse dar
eu não tinha nada contra
mas se o problema é casar
essa ninguém mais me apronta.
Eu subo na ribanceira
pulo direto no chão
mas eu de casamenteira
nem a mando de Lampião.
Se um dia foi loteria
é fácil de esclarecer
virou criminologia
desde o tempo do PC.
Antigamente era o homem
que corria desse feito
hoje a mulher corre mais
pois aprendeu o defeito.
Abono um ditado antigo
esse touro eu pego à unha
se casamento fosse bom
não precisava testemunha.
Eu sei que estão pensando
que eu sou cobra mal-matada
uma sargenta da gestapo
ou uma feiosa mal amada.
Mas estão a se enganar
isso foi só brincadeira
não há nada mais gostoso
que um cobertor-de-orelha.
Como disse o poetinha
assino embaixo no escrito
"_Quantas vezes vou casar?
quantas vezes for preciso."
É bicho do qual não corro
esse tal de casamento
se ele morre e eu não morro
não me culpem do tormento.
Sei que ele é mal falado
mas eu não digo o pior
se dormir sozinha é bom
em dois é muito melhor!
Tere
Penhabe
Santos, 01/11/2006
Santos, 01/11/2006
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