quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

DOR DE POETA...


O lápis já gasto insiste em beijar o papel,
Busca motivos para externar o que minh’alma diz.
Oferece segurança como anjos vindos do céu,
Aliviando o peito amargo que em vão tentou ser feliz.
 
 
A janela sem sucesso me oferece o dia lá fora,
A cortina bailando ao som do suave vento.
Arremetem-me a lembranças, doces tempos de outrora,
Saudade e despedida, mosaico de tormento.
 
 
O campo está pronto, inicia-se a colheita,
Sentimentos antes plantados...
Agora a esmo sendo ceifados.
 
O cinza pardo que ofusca meu olhar,
É o amor que não conseguiu brotar,
O papel absorver magoas que sempre estão à espreita.
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Paulo Moreno
14/08/2010

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