quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Se o nordestino sai
De sua terra natal,
Sai por necessidade
Pois não é seu ideal
Se não fosse a precisão
Não deixaria seu chão,
Seu berço, seu natural.
*
Segue pra cidade grande
Levando muita saudade.
E também deixa chorando
Quem lhe ama de verdade
Porém na terra estranha
Enfrenta a cruel sanha,
Chamada perversidade.
*
É o preconceito doente,
De uma gangue de racistas.
Uma turma de dementes,
Alienados paulistas.
Que pregam a violência
Não conhecem a decência
Não passam de anarquistas.
*
Ir contra o nordestino
É não ter discernimento.
Trabalhador de valor,
Que pôs a mão no cimento
E foi firme no embalo
Para construir São Paulo
Com coragem e talento.
*
Foi candango em Brasília,
Ajudou na construção.
E no Rio de Janeiro,
Teve a mesma ocupação.
Apenas não foi doutor
Mas cidadão construtor,
Que ergueu esta nação.
*
O homem nordestino
Na verdade é aguerrido
Reconstrói seu destino,
Se ele for destruído.
E nascer lá no Nordeste,
É ser forte, enfrentar peste
É ser cabra destemido!
*
Ao falar do Nordestino
Acho bom lavar a boca.
Quem só conversa asneira
Tem que ser conversa pouca.
E sendo um neonazista,
Ou tolo separatista,
Deixe de atitude tosca.
Texto de Dalinha Catunda

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