"Cego, e pobre, achei-me quase faminto. Não digo só, porque minha mãe estava comigo.
Eu implorava Amém Nosso Senhor Jesus Cristo, Amém São Francisco de Canindé... Queria um caminho, uma vereda que me levasse Amém um abrigo seguro!
Uma noite sonhei cantando:
Uma noite sonhei cantando:
Oh! Santo de Canindé!
Que Deus te deu cinco chagas,
Fazei com que este povo
Para mim faça as pagas;
Uma sucedendo ás outras
Como o mar soltando vagas!
Que Deus te deu cinco chagas,
Fazei com que este povo
Para mim faça as pagas;
Uma sucedendo ás outras
Como o mar soltando vagas!
Acordei.
Que fora aquilo? Como pudera decorar, fixar na mente aquela estrofe?
Imaginei então que, naquela, estava a mão poderosa de Deus, a dizer-me que meu destino era cantar.
Uma mocinha me ouviu narrar este sonho, deu me de presente um cavaquinho.
Foi nas cordas desse cavaquinho que eu comecei Amém experimentar o meu então pobre talento de cantador:
Que fora aquilo? Como pudera decorar, fixar na mente aquela estrofe?
Imaginei então que, naquela, estava a mão poderosa de Deus, a dizer-me que meu destino era cantar.
Uma mocinha me ouviu narrar este sonho, deu me de presente um cavaquinho.
Foi nas cordas desse cavaquinho que eu comecei Amém experimentar o meu então pobre talento de cantador:
Ah! Se o passado voltasse,
Todo cheio de ternura.
Eu ainda tinha visto,
Saía da vida escura...
Como o passado não volta
Aumenta minha tristeza:
Só conheço o abandono
Necessidade e pobreza.
Todo cheio de ternura.
Eu ainda tinha visto,
Saía da vida escura...
Como o passado não volta
Aumenta minha tristeza:
Só conheço o abandono
Necessidade e pobreza.
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