E O ROAN LA DO VALE
E TAMBEM DO CABUGI
O NOME QUE MUITO VALE
O VALOR DE TA AQUI
quarta-feira, 27 de agosto de 2014
terça-feira, 26 de agosto de 2014
segunda-feira, 25 de agosto de 2014
e ai vai um poema meu que tenta explicar como são criado os poemas.
FRAGMENTOS
fragmentos são pedaços
de idéias no papel
são vivências, feito traços
de cometas pelo céu
são os portos da memória
onde buscamos veleiros
de lembranças e estórias
perdidas nos nevoeiros
são os teares de sonhos
toda ilusão, pensamentos
como toda chama ou vida
seguindo o rumo dos ventos
feito nós quando dormimos
e sonhamos fragmentos.
Fco Fábio Bezerra Tomaz
domingo, 24 de agosto de 2014
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
Este recanto tem a obra dos maiores Poetas do mundo!
terça-feira, 12 de agosto de 2014
A CHEGADA DE ARIANO SUASSUNA NO CÉU
A CHEGADA DE ARIANO SUASSUNA NO CÉU
Autores: Klévisson Viana e Bule-Bule
Autores: Klévisson Viana e Bule-Bule
Nos palcos do firmamento
Jesus concebeu um plano
De montar um espetáculo
Para Deus Pai Soberano
E, ao lembrar de um dramaturgo,
Mandou buscar Ariano.
Jesus mandou-lhe um convite,
Mas Ariano não leu.
Estava noutro idioma,
Ele num canto esqueceu,
Nem sequer observou
Quem foi que lhe escreveu.
Depois de um tempo, mandou
Uma segunda missiva.
A secretária do artista
Logo a dita carta arquiva,
Dizendo: — Viagem longa
A meu mestre não cativa.
Jesus sem ter a resposta
Disse torcendo o bigode:
— Eu vejo que Suassuna
É teimoso igual a um bode.
Não pode, mas ele pensa
Que é soberano e pode!
Jesus, já perdendo a calma,
Apelou pra outro suporte.
Para cumprir a missão,
Autorizou Dona Morte:
— Vá buscar o escritor,
Mas vê se não erra o corte!
A morte veio ao País
Como turista estrangeiro,
Achando que o Brasil
Era só Rio de Janeiro.
No rastro de Suassuna,
Sobrou pra Ubaldo Ribeiro.
Porém, antes de encontrá-lo,
Sofreu um constrangimento
Passando em Copacabana,
Um malfazejo elemento
Assaltou ela levando
Sua foice e documento.
A morte ficou sem rumo
E murmurou dessa vez:
— Pra não perder a viagem
Vou vender meu picinez
Para comprar outra foice
Na loja de algum chinês.
Por um e noventa e nove
A dita foice comprou.
Passando a mão pelo aço,
Viu que ela enferrujou
E disse: — Vai essa mesma,
Pois comprar outra eu não vou!
A morte saiu bolando,
Sem direção e sem tino,
Perguntando a um e a outro
Pelo escritor nordestino,
Obteve informação,
Gratificando um menino.
Ao encontrar João Ubaldo,
Viu naufragar o seu plano,
Se lembrando da imagem
Disse: — Aqui há um engano.
Perguntou para João
Onde é que estava Ariano.
Nessa hora João Ubaldo,
Quase ficando maluco,
Tomou um susto arretado,
Quando ali tocou um cuco,
Mas, gaguejando, falou:
—Ele mora em Pernambuco!
A morte disse: — Danou-se
Dinheiro não tenho mais
Para viajar tão longe,
Mas Ariano é sagaz.
Escapou mais uma vez,
Vai você mesmo, rapaz!
Quando chegou lá no Céu
Com o escritor baiano,
Cristo lhe deu uma bronca:
— Já foi baldado o meu plano.
Pedi um da Paraíba
E você trouxe um baiano.
João Ubaldo é talentoso,
Porém não escreve tudo.
“Viva o Povo Brasileiro”
É sua obra de estudo,
Mas quero peça de humor,
Que o Céu tá muito sisudo.
Foi consultar os arquivos
Pra ressuscitar João,
Mas achou desnecessário,
Pois já era ocasião
Pra ele vir prestar contas
Ali na Santa Mansão.
Jesus olhou para a Morte
E disse assim: — Serafina,
Vejo não és mais a mesma.
Tu já foste mais malina,
Tá com pena ou tá com medo,
Responda logo, menina?!
— Jesus, eu vou lhe falar
Que preciso de dinheiro.
Ariano mora bem
No Nordeste brasileiro.
Disse o Cristo: —Tenho pressa,
Passe lá no financeiro!
— Só faço que é pra o Senhor.
Pra outro, juro não ia.
Ele que se conformasse
Com o escritor da Bahia.
Se dependesse de mim,
Ariano não morria.
A morte na internet
Comprou passagem barata.
Quase morria de susto
Naquela viagem ingrata.
De vez em quando dizia:
— Eita que viagem chata!
Uma aeromoça lhe trouxe
Duas barras de cereais.
Diz ela: — Estou de regime.
Por favor, não traga mais,
Porque se vier eu como,
Meu apetite é voraz!
Quando chegou no Recife,
Ficou ela de plantão
Na porta de Ariano
Com sua foice na mão,
Resmungando: — Qualquer hora
Ele cai no alçapão!
A morte colonizada,
Pensando em lhe agradar,
Uma faixa com uma frase
Ela mandou preparar,
Dizendo: “Welcome Ariano”,
Mas ele não quis entrar.
Vendo a tal faixa, Ariano
Ficou muito revoltado.
Começou a passar mal,
Pediu pra ser internado
E a morte foi lhe seguindo
Para ver o resultado.
Eu não sei se Ariano
Morreu de raiva ou de medo.
Que era contra estrangeirismos,
Isso nunca foi segredo.
Certo é que a morte o matou
Sem lhe tocar com um dedo.
Chegou no Céu Ariano,
Tava a porta escancarada.
São Pedro quando o avistou
Resmungando na calçada,
Correu logo pra o portão,
Louvando a sua chegada.
Um anjinho de recado
Foi chamar o Soberano,
Dizendo: – O Senhor agora
Vai concretizar seu plano.
São Pedro mandou dizer
Que aqui chegou Ariano.
Jesus saiu apressado,
Apertando o nó da manta
E disse assim: — Vou lembrar
Dessa data como santa
Que a arte de Ariano
Em toda parte ela encanta.
São Pedro lá no portão
Recebeu bem Ariano,
Que chegou meio areado,
Meio confuso e sem plano.
Ao perceber que morreu,
Se valeu do Soberano.
Com um chapelão de palha
Chegou Ascenso Ferreira,
O grande Câmara Cascudo,
Zé Pacheco e Zé Limeira.
João Firmino Cabral
Veio engrossar a fileira.
E o próprio João Ubaldo
(Que foi pra lá por engano)
Veio de braços abertos
Para abraçar Ariano.
E esse falou: – Ubaldo,
Morrer não tava em meu plano!
Logo chegou Jorge Amado
E o ator Paulo Goulart.
Veio também Chico Anysio
Que começou a contar
Uma anedota engraçada
Descontraindo o lugar.
Logo chegou Jesus Cristo,
Com seu rosto bronzeado.
Veio de braços abertos,
Suassuna emocionado
Disse assim: — Esse é o Mestre,
O resto é papo furado!
Suassuna que, na vida,
Sonhou em ser imortal,
Entrou para Academia,
Mas percebeu, afinal,
Que imortal é a vida
No plano celestial.
Jesus explicou seus planos
De fazer uma companhia
De teatro e ele era
O escritor que queria
Para escrever suas peças,
Enchendo o Céu de alegria.
Nisso Ariano responde:
— Senhor, eu me sinto honrado,
Porém escrever uma obra
É serviço demorado.
Às vezes gasto dez anos
Para obter resultado.
Nisso Jesus gargalhou
E disse: — Fique à vontade.
Tempo aqui não é problema,
Estamos na eternidade
E você pode criar
Na maior tranquilidade.
Um homem bem pequenino
Com chapeuzinho banzeiro,
Com um singelo instrumento,
Tocou um coco ligeiro
Falando da Paraíba:
Era Jackson do Pandeiro.
Logo chegou Luiz Gonzaga,
Lindu do Trio Nordestino,
E apontou Dominguinhos
Junto a José Clementino
E o grande Humberto Teixeira,
Raul e Zé Marcolino.
Depois chegou Marinês
Com Abdias de lado
E Waldick Soriano,
Com um vozeirão impostado,
Cantou “Torturas de Amor”,
Como sempre apaixonado.
Veio então Silvio Romero
Com Catulo da Paixão,
Suassuna enxugou
As lágrimas de emoção
E Catulo, com seu pinho,
Cantou “Luar do Sertão”.
Leandro Gomes de Barros
Junto a Leonardo Mota,
Chegou Juvenal Galeno,
Otacílio Patriota.
Até Rui Barbosa veio
Com título de poliglota.
Chegou Regina Dourado,
Tocada de emoção,
Juntinho de Ariano,
Veio e beijou sua mão
E disse: — Na sua peça
Quero participação.
Ariano dedicou-se
Àquele projeto novo.
Ao concluir sua peça,
Jesus deu o seu aprovo
E a peça foi encenada
Finalmente para o povo.
Na peça de Ariano
Só participa alma pura.
Ariano virou santo,
Corrigiu sua postura.
Lá no Céu ganhou o título
Padroeiro da cultura.
Os artistas que por ele
Já nutriam grande encanto
Agora estando em apuros,
Residindo em qualquer canto,
Lembra de Santo Ariano
E acende vela pro santo.
Ariano foi Quixote
Que lutou de alma pura.
Contra a arte descartável
Vestiu a sua armadura
Em qualquer dia do ano
Eu digo: viva Ariano
Padroeiro da Cultura!
FIM
domingo, 10 de agosto de 2014
sábado, 9 de agosto de 2014
Tom: G
Asus D7M/A Quem me dera ser poeta pra escrever com minha pena G/A A grande falta que essa pequena me faz; Em7(9) G/A Quem me dera ser cantor pra descrever com meu canto Am7(9) Dsus D7(b9) Os encantos que essa morena me traz; G(add9) G#m7(b5) C#7(b9) F#m7 B7(b9) Quem me dera perfumista pra sinteti- zar os aromas que lembram você: Em7(9) G/A Essências de alto preço pra mostrar o meu apreço Bb7M F/A G/B E o quanto desejo você. Asus D7M/A Quem me dera uma escultura, uma tela, uma pintura, G/A Fossem capazes de, ao menos, esboçar você; Em7(9) G/A Quem me dera a melodia, dança ou fotografia, Am7(9) Dsus D7(b9) Retratassem um pouco do que é vo- cê; G(add9) G#m7(b5) C#7(b9) Quem me dera romancista pra no meu ro- mance F#m7 B7(b9) Estar presente ao lado de você: Em7(9) G/A Ser amigo, confidente e escrever um “happy end", Bb7M F/A G/B Asus Gm6/Bb D7M/A É claro, com você!
sexta-feira, 8 de agosto de 2014
Sentir-se só
Anderson Poeta
Às vezes eu me sinto só
em pranto profundo
com a alma dando nó
nesse coração imundo
Que sofre sem fim
tentando achar saída
para sarar a ferida
de amores nunca vividos
Um coração duro, partido
tragado e iludido
por estar perdido
entre mentiras sem fim.
Anderson Poeta
por favor amor
sinto muita dor
tenha dó de mim
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Camões, Grande Camões, quão SemelhanteCamões, grande Camões, quão semelhante
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co'o sacrílego gigante;
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.
Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
Bocage, in 'Rimas'
Tema(s): Poeta Ler outros poemas de Manuel Maria Barbosa du Bocage
Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Arrostar co'o sacrílego gigante;
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
Da penúria cruel no horror me vejo;
Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Também carpindo estou, saudoso amante.
Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
Meu fim demando ao Céu, pela certeza
De que só terei paz na sepultura.
Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...
Se te imito nos transes da Ventura,
Não te imito nos dons da Natureza.
Bocage, in 'Rimas'
// Co
terça-feira, 5 de agosto de 2014
"Cego, e pobre, achei-me quase faminto. Não digo só, porque minha mãe estava comigo.
Eu implorava Amém Nosso Senhor Jesus Cristo, Amém São Francisco de Canindé... Queria um caminho, uma vereda que me levasse Amém um abrigo seguro!
Uma noite sonhei cantando:
Uma noite sonhei cantando:
Oh! Santo de Canindé!
Que Deus te deu cinco chagas,
Fazei com que este povo
Para mim faça as pagas;
Uma sucedendo ás outras
Como o mar soltando vagas!
Que Deus te deu cinco chagas,
Fazei com que este povo
Para mim faça as pagas;
Uma sucedendo ás outras
Como o mar soltando vagas!
Acordei.
Que fora aquilo? Como pudera decorar, fixar na mente aquela estrofe?
Imaginei então que, naquela, estava a mão poderosa de Deus, a dizer-me que meu destino era cantar.
Uma mocinha me ouviu narrar este sonho, deu me de presente um cavaquinho.
Foi nas cordas desse cavaquinho que eu comecei Amém experimentar o meu então pobre talento de cantador:
Que fora aquilo? Como pudera decorar, fixar na mente aquela estrofe?
Imaginei então que, naquela, estava a mão poderosa de Deus, a dizer-me que meu destino era cantar.
Uma mocinha me ouviu narrar este sonho, deu me de presente um cavaquinho.
Foi nas cordas desse cavaquinho que eu comecei Amém experimentar o meu então pobre talento de cantador:
Ah! Se o passado voltasse,
Todo cheio de ternura.
Eu ainda tinha visto,
Saía da vida escura...
Como o passado não volta
Aumenta minha tristeza:
Só conheço o abandono
Necessidade e pobreza.
Todo cheio de ternura.
Eu ainda tinha visto,
Saía da vida escura...
Como o passado não volta
Aumenta minha tristeza:
Só conheço o abandono
Necessidade e pobreza.
segunda-feira, 4 de agosto de 2014
sexta-feira, 1 de agosto de 2014
É UMA IDA SEM VOLTA
DE UMA MULHER VALOROSA
DEU EXEMPLO AOS SEUS FILHOS
SEMPRE ANDARAM NOS TRILHOS
MARIA CAUÃ HONROSA
EU TINHA SETE ANOS
PRA COZINHAR FUI PEGAR TALOS
CHUVA E VENTOS TÃO TIRANO
NA SAIA DELA ENROLEI-ME NO PANO
SOLICITANDO AGASALHO
E ELA MIN A ACOLHEU
COM UM GESTO DE NOBREZA
UM ABRIGO ME CONCEDEU
LEVOU-ME PRA BAIXO DA MESA
A CHUVA DERRUBAVA ARVORES
E ARRANCAVA TELHADOS
FOI LÁ ANOS SETENTA
DIGO PASSEI DOS CINQUENTA
MAIS DELAS TENHO LEMBRADO
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