DAR A ZÉ E DAR AO MUNDO
DAR DEITADA E DAR EM PÉ
SE MACACA NÃO FOR CORNO
VALDEMAR TAMBÉM NÃO É
terça-feira, 29 de julho de 2014
segunda-feira, 28 de julho de 2014
LUCIANO SIQUEIRA
ARIANO SUASSUNA, GUERREIRO DO SOL
Publicado: 27 de julho de 2014 às 9:43 - Atualizado às 14:29
Ariano Vilar Suassuna – teatrólogo, romancista, poeta, pintor, gravador, desenhista, professor – completou 80 anos a 16 de junho passado, “bem disposto, bem-humorado e animoso”, homenageado por gente e instituições de diversos lugares, sempre saudado como clássico da cultura brasileira.
Irreverente, tem dito que se soubesse que fazer 80 anos dava tanto trabalho teria ficado nos 79. O fato é que suas oito décadas de vida têm sido marcadas, ao um só tempo, pela tragédia familiar (teve o pai, ex-governador, deputado federal e advogado João Suassuna, assassinado no Rio de Janeiro em 1930) e pela construção de uma obra multifacética e coerente que funde o barroco medieval ibérico com expressões populares nordestinas.
Autor de 14 peças teatrais (8 ainda não publicadas), 5 romances e 2 ensaios, membro das Academias Brasileira e Pernambucana de Letras, tem obras traduzidas em inglês, francês, espanhol, alemão, holandês, italiano e polonês.
É um fazedor de fusões e de reinvenções. De clássicos como Cervantes e Gogol, Euclides da Cunha e Gregório de Matos, bebe influências que mescla com a sonoridade de cantadores de desafios, aboios e cantorias e de tocadores de pífanos e rabecas e com o cheiro do barro e o calor inclemente da terra árida de Taperoá, sertão paraibano, onde viveu a infância e para onde retorna com freqüência para mergulhar na releitura da própria obra.
No romance e no teatro, assim como nas suas iluminuras (onde formas artesanais e emblemáticas são dispostas simetricamente através de cuidadosa diagramação), e nos versos de uma poética mágica e exata, realiza uma releitura erudita da cultura que brota do povo.
O Movimento Armorial, que fundou em 1970, é tudo isso em muitas linguagens – música, dança, tapeçaria, pintura, teatro, poesia, literatura, artes plásticas – e, segundo costuma afirmar, “uma tomada de posição em favor da cultura brasileira”.
Algo de base conceitual sólida que aglutinou criadores extraordinários como multiartista Antonio Carlos Nóbrega, o músico Zoca Madureira, o gravador Gilvan Samico, o pintor Romero Andrade Lima, o romancista Raimundo Carrero, dentre outros.
Taperoá, Recife
Filho do ex-governador João Suassuna (1924-1928), nasceu na então Cidade da Paraíba (Parahyba em ortografia arcaica), hoje João Pessoa, e viveu a infância no Sítio Acauhan, em Taperoá, no Cariri paraibano. Entre 1933 e 1937, em Taperoá, iniciou os estudos, e experimentou o seu primeiro alumbramento (como diria Manuel Bandeira) pela criatividade improvisada de uma peça de mamulengos e um desafio de viola, que viriam a marcar sua produção teatral e a verve característica dos seus muitos personagens.
Nesse período valeu-se da biblioteca que o pai deixara para se iniciar em leituras que, segundo diz, o influenciariam fortemente. As obras completas de Monteiro Lobato. Os três mosqueteiros, de Alexandre Dumas. De Dumas diz estar relendo pela milésima vez O Conde de Montecristo, que considera uma obra-prima da literatura universal.
De 1942 em diante passou a viver no Recife, para estudar, tendo concluído o curso de Direito em 1950 e o de Filosofia em 1960.
Em 1945 teve publicado no Jornal do Commercio o seu poema Noturno (São turvos sonhos,/Mágoas proibidas,/são Ouropéis antigos e fantasmas/que, nesse Mundo vivo e mais ardente/consumam tudo o que desejo Aqui.), prenúncio do que César Leal, crítico literárioe poeta, mais tarde caracterizaria, no ensaio Fontes clássicas e populares das Odes de Ariano Suassuna, como domínio do tema e da técnica, presente também em toda a sua obra teatral, como no clássico Auto da Compadecida.
Armorial: ibérico e sertanejo
A complexidade conceitual contida no Movimento Armorial se expressa através de múltiplas linguagens, indo além do texto literário, assumindo identidade visual – em traços e cores fortes e originais.
Num álbum publicado em 2003 pela Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), o estudioso da obra de Ariano, Carlos Newton, assinala que as iluminogravuras sintetizam a técnica da iluminura medieval com os atuais procedimentos de impressão em off-set sobre o papel. O resultado é um misto de figuras mitológicas e animais e personagens que povoam o imaginário nordestino, ibérico e medieval, numa exuberância de cores vivas em que pontificam o amarelo-ouro, o marrom, o ocre, o preto e o vermelho.
Carlos Newton sublinha que a iluminugravura “é também um texto ilustrado… A ilustração de cada uma delas associa episódios descritos no respectivo poema a motivos da cultura brasileira, recolhidos tanto em nossa arte popular quanto em nossa arte pré-histórica, a partir das itaquatiaras do Sertão nordestino”.
É como se o texto se enfraquecesse sem a ilustração, e esta perdesse o sentido sem o apoio do texto.
Essa fusão entre o real e o imaginário, produzindo um todo complexo e coerente, se completa com a convivência, ora conflitante, ora harmoniosa, entre a tragédia e a comédia presente nos seus muitos personagens – seja o misterioso e alegórico Dom Pedro Dinis Quaderna, seja os burlescos e surpreendentes Chicó, João Grilo, Gaspar, Caroba, Cancão, Euricão, Cheiroso, Benedito – gente que surge do Cariri árido para, através de diálogos de instigante simplicidade, revelar uma profética visão de mundo.
Arte e política
Embora não negue que sua arte tem, tanto quanto conteúdo e forma revolucionários, um sentido político explícito e um fio condutor que é a afirmação dos nossos valores nacionais, resiste à chamada arte engajada. Talvez por isso exagere na crítica a Brecht por fazer, segundo ele, um teatro “excessivamente reflexivo”.
Preciosismo? Pode ser. Pois como cidadão Ariano não tem se eximido de externar publicamente suas opiniões, participando ativamente de campanhas eleitorais de Miguel Arraes e Lula, sendo inclusive figura de destaque no último pleito, ao lado do atual governador Eduardo Campos, do PSB.
Em recente entrevista ao Jornal do Commercio, do Recife, declarou-se aliado dos comunistas: “Numa reunião importantíssima que realizaram disseram que estão procurando um socialismo brasileiro. Deixaram de olhar pra fora, aí pela primeira vez tive condições de me aliar mesmo, apareci no guia do Partido Comunista do Brasil, até disseram que era uma contradição da minha parte. O que eu disse lá está perfeitamente coerente com o que eu dizia: se eu fosse marxista, pertenceria ao Partido Comunista do Brasil, nosso aliado na luta contra o governo antinacional e antipopular de Fernando Henrique Cardoso.”
(Artigo publicado no jornal A Classe Operária, em julho de 2007, a propósito do 80º. aniversário de Ariano Suassuna)
terça-feira, 22 de julho de 2014
1. Pirâmides de Gizé, Egito
Levantando-se na areia, nos arredores do Cairo, encontra-se as Pirâmides de Gizé, monumentos antigos que estão entre as Sete Maravilhas do Mundo Antigo. A antiga necrópole consiste na Pirâmide de Quéops, na Pirâmide de Quéfren, na Pirâmide de Miquerinos, e na Grande Esfinge.
O fascínio envolvendo as pirâmides é inegável e até hoje encontramos arqueólogos incrédulos pela grandiosidade da construção. Enquanto alguns defendem que as pedras foram arrastadas de uma pedreira e de alguma forma foram levantadas no deserto, outros acreditam que as pedras foram construídas no local com algum tipo de concreto de calcário. Qualquer que tenha sido o método de construção, este projeto se qualifica como o mais impressionante dado o tamanho e o mistério que estão por trás de sua construção impecável.
domingo, 20 de julho de 2014
sexta-feira, 18 de julho de 2014
AS PEDRAS
Dos caminhos ruins, que a vida me apontou,
as pedras afastei, limpei todo o cascalho.
Removi-os com fé e com muito trabalho,
sem que ninguém soubesse o quanto me custou.
Sem andar pela sombra ou buscar um atalho,
amparado na fé que Jesus me inspirou,
meu caminho de pedra, o amor transformou
em vereda de flores, de sol e de orvalho.
Mas não canto vitória, apesar de feliz,
se o que é mais importante eu ainda não fiz,
não levei meu irmão a trilhar nova estrada.
Não lhe dei, por dever, a sublime lição
deste amor que Jesus pôs em meu coração,
que mudou minha vida em eterna alvorada.
Em 10/7/2014 - São Simão - SP
Abraços fraternos do amigo Thalma Tavares
terça-feira, 15 de julho de 2014
domingo, 13 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
quarta-feira, 9 de julho de 2014
terça-feira, 8 de julho de 2014
segunda-feira, 7 de julho de 2014
UM CORDEL DESTE POETA
FALANDO DE JATÃO
Hoje vou falar um pouco
Da vida de um cidadão
Que você só conhece
Pela voz da locução
Ele vive no Nordeste
Esse cabra da peste
Que ama seu torrão
Não sei como vou fazer
Pra falar algo de mim
Vou puxar pela caixola
Lembrar Tim-Tim por Tim-Tim
Pois só falo a verdade
Não gosto de falsidade
Pode acreditar padim!!
Ao Divino Espirito Santo
Eu invoco com devoção
Para que eu possa falar
O que vier ao coração
Com meu padim ciço
Fecho agora compromisso
Pedindo a ele inspiração
Sou neto de agricultor
E de comprador de algodão
Que viveram nessas terras
Desde o tempo de Gavião
Eu fui nascido e criado
Nesse sertão esturricado
Por isso adoro esse chão
João Florêncio era meu avô
Casimiro Xavier também
Muito conhecidos nesse lugar
Por quem vai e quem vem
Um era agricultor
Outro de couro comprador
Para ganhar o vintém
Dona Lica Fernandes
Era minha avó materna
Dona Lucinda Figueira
Minha avó paterna
Todos já nos deixaram
Saudades aqui ficaram
Restando lembranças eterna
Meu pai é João Bosco
Que concertava televisão
Rádio de pilha e radiola
Essa era sua profissão
Com Francinete casado
Tendo três filhos gerado
Desta singela união
Sou casado com Josineide
Filha de seu Sebastião
Sebastião de Aristóteles
Marchante da antiga Gavião
Com dona Maria casado
Vendia carne no mercado
Aos feirantes da região
Tenho dois filhos lindos
Por nós bem criados
João Victor e Helena Lúcia
Os dois muito amados
Amar, obedecer e respeitar
Ter fé, humildade e orar
Sempre foram ensinados
Sou católico praticante
Do terço dos homens e ECC
Rezo a Nossa Senhora
Que por mim venha interceder
Ao Sagrado Coração de Jesus
Pedindo força e lúz
Para que possa me fortalecer
Da cultura sou amante
Gosto do meu Nordeste
Das nossas tradições
Sou um cabra da peste
Forró, cantoria e vaquejada
Corrida de agorinha e cavalgada
Gosto e ninguém conteste
É mais ou menos isso
Que lhes tenho a falar
Deste poeta nordestino
Que gosta de versejar
O meu nome é Jatão
Nascido nesse sertão
Aqui gosto de morar
Faço daqui morada
Na seca ou na invernada
Daqui ninguém vai me tirar
Da vida de um cidadão
Que você só conhece
Pela voz da locução
Ele vive no Nordeste
Esse cabra da peste
Que ama seu torrão
Não sei como vou fazer
Pra falar algo de mim
Vou puxar pela caixola
Lembrar Tim-Tim por Tim-Tim
Pois só falo a verdade
Não gosto de falsidade
Pode acreditar padim!!
Ao Divino Espirito Santo
Eu invoco com devoção
Para que eu possa falar
O que vier ao coração
Com meu padim ciço
Fecho agora compromisso
Pedindo a ele inspiração
Sou neto de agricultor
E de comprador de algodão
Que viveram nessas terras
Desde o tempo de Gavião
Eu fui nascido e criado
Nesse sertão esturricado
Por isso adoro esse chão
João Florêncio era meu avô
Casimiro Xavier também
Muito conhecidos nesse lugar
Por quem vai e quem vem
Um era agricultor
Outro de couro comprador
Para ganhar o vintém
Dona Lica Fernandes
Era minha avó materna
Dona Lucinda Figueira
Minha avó paterna
Todos já nos deixaram
Saudades aqui ficaram
Restando lembranças eterna
Meu pai é João Bosco
Que concertava televisão
Rádio de pilha e radiola
Essa era sua profissão
Com Francinete casado
Tendo três filhos gerado
Desta singela união
Sou casado com Josineide
Filha de seu Sebastião
Sebastião de Aristóteles
Marchante da antiga Gavião
Com dona Maria casado
Vendia carne no mercado
Aos feirantes da região
Tenho dois filhos lindos
Por nós bem criados
João Victor e Helena Lúcia
Os dois muito amados
Amar, obedecer e respeitar
Ter fé, humildade e orar
Sempre foram ensinados
Sou católico praticante
Do terço dos homens e ECC
Rezo a Nossa Senhora
Que por mim venha interceder
Ao Sagrado Coração de Jesus
Pedindo força e lúz
Para que possa me fortalecer
Da cultura sou amante
Gosto do meu Nordeste
Das nossas tradições
Sou um cabra da peste
Forró, cantoria e vaquejada
Corrida de agorinha e cavalgada
Gosto e ninguém conteste
É mais ou menos isso
Que lhes tenho a falar
Deste poeta nordestino
Que gosta de versejar
O meu nome é Jatão
Nascido nesse sertão
Aqui gosto de morar
Faço daqui morada
Na seca ou na invernada
Daqui ninguém vai me tirar
Se um dia eu me for
Saudades levarei
Do povo de Umarizal
Que tanto acordei
Na madrugada fria
Antes de amanhecer o dia
Dizendo "Bom dia cheguei"
Mais não chegou a hora
Não posso ir agora
"Morte pise ai no frei"
Estou muito ocupado
Tenho muito o que fazer
Não tenho tempo agora
De esticar as pernas e morrer
Tem muita cavalgada
Cantoria e vaquejada
Que ainda quero ver
Se você teimar e vier
Dou 4 pulo e um ponta pé
Correndo pra me esconder
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
domingo, 6 de julho de 2014
sábado, 5 de julho de 2014
sexta-feira, 4 de julho de 2014
quarta-feira, 2 de julho de 2014
O Brasil vem se arrastando
E eu querendo acreditar
Mas o bom senso me diz
Que não devo me animar
Pois com esta seleção
Desculpe-me Felipão,
O Brasil não vai ganhar!
Não estou torcendo contra
Também não sou pessimista,
Contudo vendo este time
Não posso ser otimista
Não sei bem se Felipão
Enganou-se na armação
Ou na escolha da lista.
Até agora o Brasil
Contou mesmo com a sorte
É assim que a seleção
Vai escapando da morte
Não adianta ter fé
Porque sem garra e sem pé
O Brasil fica sem norte.
Acorda Brasil, acorda!
Mostra que sabe jogar
A torcida é camarada
E gosta de festejar
Tire esse pé do chão
Alegre nossa nação
Faça a camisa suar.
E eu querendo acreditar
Mas o bom senso me diz
Que não devo me animar
Pois com esta seleção
Desculpe-me Felipão,
O Brasil não vai ganhar!
Não estou torcendo contra
Também não sou pessimista,
Contudo vendo este time
Não posso ser otimista
Não sei bem se Felipão
Enganou-se na armação
Ou na escolha da lista.
Até agora o Brasil
Contou mesmo com a sorte
É assim que a seleção
Vai escapando da morte
Não adianta ter fé
Porque sem garra e sem pé
O Brasil fica sem norte.
Acorda Brasil, acorda!
Mostra que sabe jogar
A torcida é camarada
E gosta de festejar
Tire esse pé do chão
Alegre nossa nação
Faça a camisa suar.
Dalinha Catunda
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