Antigamente o cordel
Retransmitia notícia
Falava de assombração
De lampião e polícia
Mas este humilde folheto
Vem lhes falar de malícia
João um rapaz direito
Desejando melhorar
A condição finaceira
E a família ajudar
Foi embora pra recife
Para poder estudar
Só que antes de partir
Da sua humilde cidade
Tinha firmado namoro
Apesar da pouca idade
Só tinha 16 anos
Mas amava de verdade
Ele jurou a Maria
Menina direita e bela
Que um dia retornava
Para se casar com ela
Assim ele viajou
Deixou sonhando a donzela
Ele chegou ao Recife
Foi morar numa pensão
Encontrou muitos amigos
Conterrâneos do torrão
Com pouco tempo estava
Esquecendo do sertão
Isso devido às farras
Que os amigos armavam
Sempre com umas colegas
Lá todos se embriagavam
E era nessas festinhas
Que as “ficanças” rolavam
Nos primeiro meses João
Ainda se segurou
Relembrando da amada
As colegas dispensou
Mas o tempo foi passando
E esse quadro mudou
Logo após o sexto mês
Distante da namorada
João ficou pesaroso
Numa saudade danada
Os seus amigos notaram
Fizeram uma cervejada
Para animar o João
Trouxeram uma moça bela
João tinha bebido muito
Lhe apresentaram a ela
A moça desenrolada
Se identificou Marcela
Marcela agarrou João
E o chamou pra dançar
Começando num esfrega
Pra o rapaz se ligar
Saber que ela queria
Era com ele ficar
João não resistiu muito
Estava necessitado
Somado com as cervejas
Que ele havia tomado
Não demorou pra estar
Com a boyzinha travado
No outro dia acordou
Com a cabeça rodada
Ressaca e arrependimento
Lembrou-se da namorada
E resolveu escrever
Uma missiva à amada
Falando sobre distância
Começou a redigir
Falando das aventuras
Chegou a admitir
Que por duas ou três vezes
Ele chegou a trair
Depois dessa confissão
Chegou a solicitar
Devolução da sua foto
Que ela tinha a guardar
E terminando a carta
Nem chegou a assinar
Maria então desabou
Ficou bastante abalada
Aquela correspondência
Deixou a moça enraivada
E assim ela armou
Uma vingança danada
Pediu a suas amigas
Pra na vingança ajudar
Cada uma com uma foto
De um rapaz exemplar
Para compor uma carta
E a João, respostar
Com mais de 50 fotos
Maria a carta mandou
E escreveu um bilhete
As fotos anexou
Com o seguinte recado
Para João enviou
- “Ó meu querido João
Não consigo me lembrar
Do rosto de vosmecê
Faça o favor procurar
No meio desses retratos
A sua foto e tirar
Só peço que me devolvas
O resto que foi mandado
Que cada um desses rostos
Já foi por mim namorado
Enquanto você estava
Na capital afastado
João então reflitiu
Sobre o que tinha feito
Sentindo-se humilhado
Notou que não tinha jeito
Só lhe restou amargar
A solidão em seu peito!!
Poderá
De lampião e polícia
Mas este humilde folheto
Vem lhes falar de malícia
João um rapaz direito
Desejando melhorar
A condição finaceira
E a família ajudar
Foi embora pra recife
Para poder estudar
Só que antes de partir
Da sua humilde cidade
Tinha firmado namoro
Apesar da pouca idade
Só tinha 16 anos
Mas amava de verdade
Ele jurou a Maria
Menina direita e bela
Que um dia retornava
Para se casar com ela
Assim ele viajou
Deixou sonhando a donzela
Ele chegou ao Recife
Foi morar numa pensão
Encontrou muitos amigos
Conterrâneos do torrão
Com pouco tempo estava
Esquecendo do sertão
Isso devido às farras
Que os amigos armavam
Sempre com umas colegas
Lá todos se embriagavam
E era nessas festinhas
Que as “ficanças” rolavam
Nos primeiro meses João
Ainda se segurou
Relembrando da amada
As colegas dispensou
Mas o tempo foi passando
E esse quadro mudou
Logo após o sexto mês
Distante da namorada
João ficou pesaroso
Numa saudade danada
Os seus amigos notaram
Fizeram uma cervejada
Para animar o João
Trouxeram uma moça bela
João tinha bebido muito
Lhe apresentaram a ela
A moça desenrolada
Se identificou Marcela
Marcela agarrou João
E o chamou pra dançar
Começando num esfrega
Pra o rapaz se ligar
Saber que ela queria
Era com ele ficar
João não resistiu muito
Estava necessitado
Somado com as cervejas
Que ele havia tomado
Não demorou pra estar
Com a boyzinha travado
No outro dia acordou
Com a cabeça rodada
Ressaca e arrependimento
Lembrou-se da namorada
E resolveu escrever
Uma missiva à amada
Falando sobre distância
Começou a redigir
Falando das aventuras
Chegou a admitir
Que por duas ou três vezes
Ele chegou a trair
Depois dessa confissão
Chegou a solicitar
Devolução da sua foto
Que ela tinha a guardar
E terminando a carta
Nem chegou a assinar
Maria então desabou
Ficou bastante abalada
Aquela correspondência
Deixou a moça enraivada
E assim ela armou
Uma vingança danada
Pediu a suas amigas
Pra na vingança ajudar
Cada uma com uma foto
De um rapaz exemplar
Para compor uma carta
E a João, respostar
Com mais de 50 fotos
Maria a carta mandou
E escreveu um bilhete
As fotos anexou
Com o seguinte recado
Para João enviou
- “Ó meu querido João
Não consigo me lembrar
Do rosto de vosmecê
Faça o favor procurar
No meio desses retratos
A sua foto e tirar
Só peço que me devolvas
O resto que foi mandado
Que cada um desses rostos
Já foi por mim namorado
Enquanto você estava
Na capital afastado
João então reflitiu
Sobre o que tinha feito
Sentindo-se humilhado
Notou que não tinha jeito
Só lhe restou amargar
A solidão em seu peito!!
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