segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Aos familiares de Dona Rosilda



As luzes quando se apagam, deixam em nós a escuridão.

Sua ausência dá o contraste para nossos olhos poderem captá-la, porém, passados alguns instantes, nossos olhos se acostumam a ela e começam a vislumbrar, definir algumas formas, começam "a ver" na escuridão.

Assim também ocorre com a ausência de alguém que parte; o contraste de sua presença nos faz sentir a sua ausência. 

Aos poucos acomoda-se em nós o desconforto dessa ausência e fica então a doce saudade. Se dermos tempo ao nosso coração para que, como os olhos, se "acostume" com a ausência, ele também poderá vislumbrar e definir a presença mais sutil. 

Como as formas e objetos que não deixaram de existir com a escuridão, apenas tornaram-se mais sutis, necessitando de maior sensibilidade para serem vistas. Quanto sofrimento poderíamos evitar se realmente soubéssemos disso!  
             

Eternas saudades da famila França a grande e saudosa amiga Rosilda Ribeiro.

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