O meu sertão sertanejo
Das corridas de mourão
Onde ficou meus desejos
Das festas de apartação
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014
O SERTÃO DO NORDESTE
É RICO EM TRADIÇÃO
TEM COISA BONITA DE VER
QUE CAUSA ADMIRAÇÃO
COMO O ACERVO CULTURAL
QUE DE MODO ESPECIAL
CHAMA NOSSA ATENÇÃO
QUERO FALAR HOJE
DAS MOENDAS DE ENGENHO
QUE NA NOSSA TERRA EXISTE
AQUI FALAR DISSO VENHO
RELEMBRANDO O PASSADO
QUE NELE FUI CRIADO
MUITAS SAUDADES TENHO
JÁ FOI MOVIDO A BOI
POR MOTOR FOI TROCADO
ASSIM TENDO O TEMPO
O ENGENHO RENOVADO
É A TAL MODERNIDADE
TRAZENDO PRATICIDADE
QUE JÁ ERA ESPERADO
TEM NA FAZENDA CACHOEIRA
TERRA DE MINHA MÃE DINA
ESPOSA DE SEU AMÂNCIO
CASAL DE GRANDE ESTIMA
QUE ALI MOROU E VIVEU
O TRABALHO DURO CONHECEU
GENTE QUE NÃO DESANIMA
MEU PADRINHO NETO
ERA FILHO DESSE CASAL
GOSTAVA DE ENGENHO
TINHA UM GRANDE CANAVIAL
DA GARAPA FAZIA RAPADURA
COM OS TACHOS NA QUENTURA
O CALOR ERA INFERNAL
NETO CONHECEU SUZETE
COM QUEM VEIO A SE CASAR
ELA MORAVA NA FAZENDA
E NA CACHOEIRA VEIO MORAR
SUSSU NASCEU DESSA UNIÃO
SENDO ÚNICA SEM IRMÃO
QUE O CASAL VEIO A GERAR
O MESTRE DAS CALDEIRAS
ERA LUCAS DE TEREZINHA
QUE SABIA O PONTO
DA RAPADURA AMARELINHA
ERA ASSIM QUE NETO QUERIA
DOCE E CLARA COMO O DIA
FEITO MEL DE ABELHA RAINHA
ACHAVA BONITO DE VER
OS JUMENTOS CAMBITEIRO
QUE CARREGAVAM AS CANAS
E BOTAVAM NO TERREIRO
AO LADO DO ENGENHO
ERA UM TRABALHO FERRENHO
ELES FAZIAM O DIA INTEIRO
A CARGA DO JUMENTO
ERA BOTADA POR JURDÃO
QUE ENCHIA OS CAMBITOS
ATÉ ARRASTAR NO CHÃO
NETO DE NATIM CORTAVA
DEPOIS O JEGUE CARREGAVA
LIGEIRO COMO UM ROJÃO
A MINHA TIA SUZETE
CUIDAVA DA REFEIÇÃO
DE TODOS OS OPERÁRIOS
SEMPRE COM MUITA ANIMAÇÃO
ELA AJUDAVA O MARIDO
ANTES DO SOL TER SURGIDO
JÁ ESTAVA NO PÉ DO FOGÃO
ELES FAZIAM RAPADURA
O MEL E O ALFENIM
TRAZENDO AQUI PARA FEIRA
QUANDO A MOAGEM TINHA FIM
VENDENDO A PRODUÇÃO
DE TODA EXTRAÇÃO
QUE ACABARA SEMPRE ASSIM
EU GOSTAVA DA GARAPA
BEBIA QUE NEM UM LEÃO
NUMA CAPEMBA DE COCO
ACOMPANHADA COM PÃO
LOGO BEM CEDINHO
ERA BOM ESSE GOSTINHO
DE GARAPA COM LIMÃO
DO ENGENHO SINTO FALTA
SÓ NOS RESTA A RECORDAÇÃO
DE MEU PADRINHO NETO
FICOU A SAUDADE SEM DIMENSÃO
DE UM GRANDE SERTANEJO
QUE SÓ TINHA O DESEJO
DE TRABALHAR NESSE SERTÃO
TEXTO: JATÃO VAQUEIRO
É RICO EM TRADIÇÃO
TEM COISA BONITA DE VER
QUE CAUSA ADMIRAÇÃO
COMO O ACERVO CULTURAL
QUE DE MODO ESPECIAL
CHAMA NOSSA ATENÇÃO
QUERO FALAR HOJE
DAS MOENDAS DE ENGENHO
QUE NA NOSSA TERRA EXISTE
AQUI FALAR DISSO VENHO
RELEMBRANDO O PASSADO
QUE NELE FUI CRIADO
MUITAS SAUDADES TENHO
JÁ FOI MOVIDO A BOI
POR MOTOR FOI TROCADO
ASSIM TENDO O TEMPO
O ENGENHO RENOVADO
É A TAL MODERNIDADE
TRAZENDO PRATICIDADE
QUE JÁ ERA ESPERADO
TEM NA FAZENDA CACHOEIRA
TERRA DE MINHA MÃE DINA
ESPOSA DE SEU AMÂNCIO
CASAL DE GRANDE ESTIMA
QUE ALI MOROU E VIVEU
O TRABALHO DURO CONHECEU
GENTE QUE NÃO DESANIMA
MEU PADRINHO NETO
ERA FILHO DESSE CASAL
GOSTAVA DE ENGENHO
TINHA UM GRANDE CANAVIAL
DA GARAPA FAZIA RAPADURA
COM OS TACHOS NA QUENTURA
O CALOR ERA INFERNAL
NETO CONHECEU SUZETE
COM QUEM VEIO A SE CASAR
ELA MORAVA NA FAZENDA
E NA CACHOEIRA VEIO MORAR
SUSSU NASCEU DESSA UNIÃO
SENDO ÚNICA SEM IRMÃO
QUE O CASAL VEIO A GERAR
O MESTRE DAS CALDEIRAS
ERA LUCAS DE TEREZINHA
QUE SABIA O PONTO
DA RAPADURA AMARELINHA
ERA ASSIM QUE NETO QUERIA
DOCE E CLARA COMO O DIA
FEITO MEL DE ABELHA RAINHA
ACHAVA BONITO DE VER
OS JUMENTOS CAMBITEIRO
QUE CARREGAVAM AS CANAS
E BOTAVAM NO TERREIRO
AO LADO DO ENGENHO
ERA UM TRABALHO FERRENHO
ELES FAZIAM O DIA INTEIRO
A CARGA DO JUMENTO
ERA BOTADA POR JURDÃO
QUE ENCHIA OS CAMBITOS
ATÉ ARRASTAR NO CHÃO
NETO DE NATIM CORTAVA
DEPOIS O JEGUE CARREGAVA
LIGEIRO COMO UM ROJÃO
A MINHA TIA SUZETE
CUIDAVA DA REFEIÇÃO
DE TODOS OS OPERÁRIOS
SEMPRE COM MUITA ANIMAÇÃO
ELA AJUDAVA O MARIDO
ANTES DO SOL TER SURGIDO
JÁ ESTAVA NO PÉ DO FOGÃO
ELES FAZIAM RAPADURA
O MEL E O ALFENIM
TRAZENDO AQUI PARA FEIRA
QUANDO A MOAGEM TINHA FIM
VENDENDO A PRODUÇÃO
DE TODA EXTRAÇÃO
QUE ACABARA SEMPRE ASSIM
EU GOSTAVA DA GARAPA
BEBIA QUE NEM UM LEÃO
NUMA CAPEMBA DE COCO
ACOMPANHADA COM PÃO
LOGO BEM CEDINHO
ERA BOM ESSE GOSTINHO
DE GARAPA COM LIMÃO
DO ENGENHO SINTO FALTA
SÓ NOS RESTA A RECORDAÇÃO
DE MEU PADRINHO NETO
FICOU A SAUDADE SEM DIMENSÃO
DE UM GRANDE SERTANEJO
QUE SÓ TINHA O DESEJO
DE TRABALHAR NESSE SERTÃO
TEXTO: JATÃO VAQUEIRO
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
terça-feira, 25 de fevereiro de 2014
Eu gosto tanto do xote
e da poesia divina,
quando eu começo a cantar
sinto que a voz se afina,
penso que nunca adoeço
e que a vida nunca termina.
Sebastião da Silva
Cantar é minha doutrina,
foi a opção que fiz,
pra defender a cultura,
e para cantar meu País,
cantar pra viver alegre,
sonhar pra viver feliz.
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